Há moradores da Via Sul, em Macedo de Cavaleiros, que vivem sem água da rede pública e sem saneamentos há mais de trinta anos.
A situação vem arrastando-se ano após anos e o descontentamento dos moradores é evidente.
Os moradores já avançaram com uma recolha de assinaturas que entregaram à Câmara Municipal, porém, o caso não foi resolvido.
Tibério Augusto Dias sente-se discriminado e diz que os moradores da Via Sul merecem ser tratados como qualquer outro habitante de Macedo de Cavaleiros.
“Eu já vivo aqui sem água e sem saneamento para cima de 30 anos, e a luz só veio depois de estarmos cá, porque não tínhamos água, nem luz, nem saneamento. Se nós somos da cidade, e devíamos ter todos os mesmos direitos”, sublinha. “A água já foi prometida há muito tempo”, realça o morador.
O morador diz que a água foi prometida ainda durante o mandato de Luis Vaz e até hoje a situação continua sem resolução à vista.
“Quando fizeram o no da IP2 que vai ligar ao IP4, já no mandato do Luís Vaz. Segundo o que meu vizinho me disse, no mês de Agosto já nos traziam a água, já estamos em Novembro e ainda não vimos nada”, diz.
O vereador das obras públicas do Município, Carlos Barroso frisa que aquela zona não está inserida dentro do perímetro urbano, mas garante estar em andamento a resolução da falta de água.
“Primeiro é preciso esclarecer que não há falta de água na Via Sul, ou seja, na zona que está inserida no perímetro urbano, desde a rotunda dos bombeiros para o interior da cidade. Agora, aquela é uma zona que já está fora do tecido urbano de Macedo e não há, da parte da Câmara, qualquer obrigação para realizar as infraestruturas. Contudo, sabendo que é uma situação desagradável as pessoas não terem água potável estamos neste momento num processo de preparação do caderno de encargos para realização da obra”, explica o vereador.
Quanto ao problema do saneamento não está prevista a execução da infraestrutura por não ser “tecnicamente exequível”.
“Estamos em negociações para nos permitirem realizar aquela obra. Qualquer intervenção ali carece de permissão da entidade tutelar da estrada. Mas acreditamos que em Fevereiro, Março teremos a obra realizada. O saneamento não está previsto executar, porque não é tecnicamente exequível e as pessoas tem o seu problema resolvido, porque tem fossas e quintais com dimensão que lhes permite resolver a questão”, diz Carlos Barroso.
Em relação ao abastecimento dos moradores com água potável, está previsto que em Fevereiro do próximo ano a situação esteja resolvida.
Escrito por Onda Livre