Macedo de Cavaleiros apresenta orçamento de 18,6 milhões para investir em 2013

Macedo de Cavaleiros apresenta orçamento de 18,6 milhões para investir em 2013

 

O Município de Macedo de Cavaleiros vai ter cerca de 18,6 milhões de euros para investir no concelho em 2013.

Um valor que se subtrai em cerca de 5,5 milhões comparativamente com 2012.

Sem poder financeiro para grandes empreendimentos, a área social, cultural e turística são os focos primordiais em que a câmara pretende apostar.

O presidente da Câmara, Beraldino Pinto quer fomentar o turismo no concelho e sublinha a grande aposta privada que está a surgir nesta área.

 

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“Além da criação de condições para o sucesso dos empresários foi nossa política desde há muito tempo, estabelecer concessões (sendo no Azibo, nas praias) que já vem sendo habitual, agora temos também a concessão do Núcleo Central da Paisagem Protegida (o núcleo de Salselas) e também o pavilhão de atividades náuticas que agora tem uma gestão privada, mantendo os princípios, os objetivos que o município se propõe, e assim apostar na valorização ambiental, na valorização das condições dos recursos naturais. Toda esta mais-valia que o município tem mas que estão sob gestão privada gerando até alguma receita para o município em contrapartida com o investimento, a despesa que o município sempre tinha. Nesta área está a haver muito investimento privado no concelho e é fruto da criação de condições. Estão em licenciamento cinco hotéis, estamos a falar de mais de 200 camas em carteira. E muitas outras iniciativas ao nível da valorização, da transformação dos produtos locais.”

 

Projetos como a Central de Camionagem, o Campo de Golf e a ligação da cidade ao Azibo por Valprados ficam suspensos.

A Câmara Municipal pretende também apoiar a fixação de empresas e gerar emprego no concelho.

 

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“Em termos de investimento na zona industrial vai haver a infraestruturação de uma nova fase, com empresas que estão a instalar-se. Há aqui uma obrigatoriedade de ser muito seletivo nos projetos que avançam e nos que ficam para 2014/2015 (ficaram à espera de condições financeiras para serem concretizados).

A preocupação foi de apostar, de concretizar estes projetos, que por um lado aproveitam fundos comunitários e por outro criam condições que vão proporcionar efeitos multiplicadores. Quando infraestruturamos na zona industrial é para se instalar uma empresa que vai criar postos de trabalho, que vai criar riqueza e muitas vezes aproveitar recursos naturais. Em termos da gestão interna dos consumos de despesas correntes há uma otimização muito grande, já vai permitir libertar mais de um milhão e 800 mil euros de receitas correntes para despesas de investimento.”

 

O PS votou contra este Orçamento Municipal para o próximo ano.

O líder socialista, Rui Vaz fala numa proposta orçamental sem ambição.

 

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“Eu acho que este orçamento é o coroar de 11 anos da gestão desta autarquia. Nós entendemos que é um pouco mais do mesmo, ou seja, eu acho que hoje já todos os macedenses percebem que não foi por acaso que se chegou aqui. Não foi por acaso que hoje chegamos a um ponto que temos um orçamento pouco ambicioso. Obras que foram faladas ao longo dos anos mais uma vez ficam de parte. É claro que hoje nos argumentam que o momento é difícil, que a situação do País é difícil, que há contenção e que fruto dessa contenção essas obras não podem avançar. Uma coisa é certa, se calhar, se a estratégia e a gestão ao longo destes anos tivesse sido outra, se calhar, essas obras estariam concluídas. Não nos revemos nesta política, não nos revemos nesta estratégia e como tal, mais uma vez, o partido socialista o manifestou com o seu voto contra.”

 

Rogério Martins do BE absteve-se, e Idália Mateus da CDU votou contra o orçamento.

 

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“Se não percebo tanto da coisa não posso votar nem a favor nem contra. Decidi abster-me, uma posição que já tinha tomado em orçamentos anteriores.” – Rogério Martins do BE.

“Por uma questão de coerência. Se voto contra o orçamento de estado também tenho que votar contra o orçamento do município que acho que se rege pelos mesmos parâmetros.” – Idália Mateus da CDU.

 

O Orçamento foi aprovado, na passa sexta-feira em Assembleia Municipal, com 50 votos favoráveis, 15 contra e seis abstenções.

 

Escrito por Onda Livre

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