Assimetrias territoriais e a “praga” do desemprego marcam discurso de Beraldino Pinto na cerimónia dos 39 anos do 25 de Abril

Assimetrias territoriais e a “praga” do desemprego marcam discurso de Beraldino Pinto na cerimónia dos 39 anos do 25 de Abril

 

Há ainda uma grande luta a travar para enraizar os valores conquistados no 25 de Abril de 1974.

Esta é a grande mensagem transmitida nas cerimónias do assinalar dos 39 anos da Revolução dos Cravos, que decorreram em Macedo de Cavaleiros.

A democracia, a liberdade e a igualdade, preceitos que marcaram um virar de página na história de Portugal, ainda não estão totalmente implementados na sociedade.

O presidente da câmara municipal, Beraldino Pinto diz que há um longo caminho a percorrer e enumera algumas assimetrias sociais.

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“Minimizar muitas desigualdades nos diversos setores. Igualdade de oportunidades, social, de tratamento, nos investimentos e nas apostas que a administração central faz. O caso dos transportes, onde os governos continuam a gastar milhares de milhões de euros nos transportes das grandes cidades e continuamos a ter no interior aldeias que não acesso a transportes públicos, nem sequer nenhuma comparticipação para um qualquer sistema de transportes. Outro exemplo que é gritante é a questão dos tarifários dos serviços, nomeadamente no caso da água. Sei que é um setor onde se está a trabalhar com empenho mas continuamos com esse problema adiado e isso põe em causa a sustentabilidade dos municípios do interior, onde o custo das infraestruturas é muito maior. Há muito para fazer para que todos tenham a mesma igualdade de oportunidades”, enfatiza, o autarca.

O autarca sustenta que o direito à liberdade, à igualdade de oportunidades e a democracia são valores a perpetuar.

Beraldino Pinto refere que em Macedo de Cavaleiros há uma estratégia de desenvolvimento e salienta que é preciso continuar a travar a tendência do despovoamento e da falta de empregos.

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“Da estratégia de desenvolvimento que está implementada e que consegue de alguma forma contrariar esta tendência fortíssima para o despovoamento, para a não existência de emprego. A grande praga do desemprego que afasta as pessoas das suas terras, das suas famílias, que não permite que haja geração de riqueza para fixar as pessoas e nós temos que fixar as pessoas. Os valores de Abril, mais uma vez, estão bem presentes. As pessoas terem o direito de trabalhar onde gostavam de trabalhar, terem o direito de fazer a sua vida na sua terra ou na terra que escolheram para viver. O 25 de Abril tem que continuar a ser celebrado, tem que continuar a ser lembrado. Os valores da democracia em si mesmo têm que se dar como não adquiridos perpetuamente porque a historia já nos ensinou que tem que ser cultivados”, sustenta, Beraldino Pinto.

25 de Abril de 1974 foi a data que marcou o fim do autoritarismo e o início da democracia.

39 anos depois, o presidente do município pede aos jovens para enfrentarem o futuro com coragem e determinação.

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“Foram os jovens militares que fizeram o 25 de Abril. Que seja um exemplo de coragem, de determinação. Que sirva também como estimulo aos jovens de hoje, com coragem e determinação pode não ser à primeira vez, pode ser à segunda mas consegue-se lutar”, encoraja o autarca.

“Peço também aos jovens que façam este grande esforço para contribuir positivamente, ativamente, ainda que também com sacrifício para fazermos um Portugal melhor e construirmos um futuro melhor no qual os jovens terão um papel muito importante”, apela.

Palavras do presidente da câmara municipal de Macedo de Cavaleiros durante as comemorações dos 39 anos do 25 de Abril.

As comemorações iniciaram com a cerimónia de hastear das bandeiras, acompanhada pela Banda Filarmónica do Brinço.

Prosseguiram com o recital de poesia alusiva à data pelos poetas de Macedo de Cavaleiros Adelaide Garcia e Luís Panda.

 

Escrito por Onda Livre

 

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