“E tudo o casamento levou” encheu o Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros

“E tudo o casamento levou” encheu o Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros

 

O Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros teve casa cheia, para assistir à peça de teatro “E tudo o casamento levou”

Este sábado, Almeno Gonçalves e Maria João Abreu subiram ao palco para protagonizar mais um espetáculo de teatro e o público rendeu-se aos dois atores que encenaram vários momentos de um casamento normal.

Apesar das discussões, das diferenças, o amor fala mais alto a união prevalece no fim da história.

A atriz, Maria João Abreu refere que esta peça teatral é a melhor forma de chamar atenção para a situações normais vividas a dois.

microfone

“Essencialmente nós amamo-nos, é isso que fica bem subjacente nesta peça é que nós nos amamos e por isso discutimos. Um casal que já não se ama, que já não tem nada a dizer um ao outro, instala-se o silêncio e há um desastre. Este casal como se ama, por tudo e por nada pegam-se um com o outro. É engraçado porque quase todos os casais que veem a peça reveem-se numa ou noutra situação ou em todas. As pessoas acham graça porque se revem e percebem, através da figura que nós fazemos em palco, percebem a figura que fazem e que todos nós fazemos, que eu faço em casa e que faço no palco. Às vezes a rir é a melhor forma de chamar à atenção apesar desta peça ser puro entretenimento, é uma comédia por isso isto não é uma peça com uma mensagem, mas se calhar até há. Quando as pessoas veem esta peça apercebem-se que não vale a pena discutir por tudo e por nada, talvez é melhor resolver as coisas calmamente.”

A atriz sublinha que o casamento por vezes leva a paciência e a tolerância, o que faz com que se perca o diálogo e se passe a falar através de monólogos sobrepostos.

E a ideia intrínseca à peça é apelar aos casais a fazerem o inverso.

microfone

“Quando nós dizemos “e tudo o casamento levou” é uma metáfora a prova é que nós estamos casados e não chegamos ao divórcio mas às vezes leva a paciência e a tolerância, acima de tudo é isso. As pessoas têm que ser mais pacientes e tolerantes. Acontece muito na peça, quando os casais estão a discutir em vez de terem um diálogo estão a ter dois monólogos sobrepostos porque acabam por não se ouvir e depois chegam ao fim e apercebem-se da barbaridade que fizeram. Esta peça é sobretudo para as pessoas se divertirem, não queremos passar mensagem nenhuma, mas muitas pessoas depois de verem a peça dizem “acho que na próxima vou ter mais calma e não me vou enervar tanto”. Há uma situação que é a carta de condução, quando eles vão a conduzir, aí todos os casais se identificam.”

Maria João Abreu está a comemorar 30 anos de carreira como espetáculo “A vida é um cabaret” e quer voltar a Macedo de Cavaleiros.

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“Este ano estou só a fazer teatro, o que é maravilhoso. Estou a fazer esta peça e estreei recentemente, não é bem teatro, é um concerto performático que é um espetáculo comemorativo dos meus 30 anos de carreira que se chama “A vida é um cabaret”. Espero vir a Macedo de Cavaleiros com essa peça.”

No final do espetáculo, o público estava rendido.

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“Achei muito interessante, é o que nós vivemos hoje em dia, gostei muito.”

“É uma comédia romântica mas que tem variações interessantes. O que eu gostei mais foi que eles apenas com duas cadeiras e alguns adereços de apontamento conseguiram criar várias situações. Trabalharam muito bem a mimica, os gestos, os códigos não-verbais, trabalharam tudo isso muito bem. Eles têm as suas diferenças mas amam-se. Eu costumo dizer que amar é diferente de gostar, amar é respeitar-se nas suas diferenças e eles apesar de terem os seus conflitos tem o mais importante que é o amor e conseguem superar essas situações todas.”

“E tudo o casamento levou”, mais um espetáculo acolhido pelo CC de Macedo de Cavaleiros, que contou mais uma vez com casa cheia.

 

Escrito por Onda Livre

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