PROVE Macedo de Cavaleiros

PROVE Macedo de Cavaleiros

 

Ensinar os segredos de como semear e plantar e aliciar os mais novos para a importância dos produtos hortofrutícolas na saúde.

A fim de divulgar os sues benefícios, o Núcleo de Macedo de Cavaleiros associou-se ao Festival Nacional PROVE, que decorreu sábado.

Através de workshops, as crianças viram as diferenças entre semear e plantar e todos eles levaram para casa um vaso com a sua semente ou planta que no futuro querem ver germinar.

Morangos, tomates e coentros foram os eleitos.

O produtor Diamantino Reis explica o que ensinou aos mais novos.

microfone

“Estamos a ensinar não mais que uma plantação, como se faz uma plantação, uma sementeira. As crianças que nascem nas aldeias normalmente vão aprendendo com os pais porque vivem junto das hortas, das plantações. Estas crianças das cidades não estão tão habituadas a lidar com a terra, com as sementes e é uma maneira de os incentivar para mais tarde terem o bichinho da agricultura e saberem fazer minimamente uma sementeira. Gostaram todos de semear coentros, não sei porque toda a gente gosta muito de coentros. Nesta altura do ano, nesta zona, pode-se semear tudo.”

Diamantino Reis é um dos três produtores que integram o Núcleo PROVE.

O projeto sem intermediários e que leva os produtos diretamente da terra para a mesa do consumidor começou com 12 inscrições e conta já com 16 clientes.

microfone

“As pessoas estão sempre com um bocadinho de receio de entrar num projeto destes mas de qualquer maneira acho que as pessoas, pouco a pouco, têm vindo a aderir. Estamos com 15 ou 16 clientes e estamos com mais cinco encomendas novas. Agora temos mais variedade de produtos e isso é uma mais-valia para as pessoas poderem vir a aderir.”

Macedo de Cavaleiros foi pioneiro nos cinco concelhos da Terra Quente a acolher este projeto, que está já a ser implementado também em Alfandega da Fé.

O presidente da Desteque – Associação para o Desenvolvimento da Terra Quente, e a empresa promotora da iniciativa na região diz que esta é a única forma de garantir qualidade e certificação na hora de consumir os produtos.

microfone

“São aliciados para isso e para que adiram às nossas dietas mediterrânicas e aos nossos produtos biológicos. É isso que nós pretendemos, temos bons produtos, não estamos a consumir produtos que não sabemos de onde vêm. Os nossos produtores com os seus excessos podem-nos vender mas não sabem como e desta forma estão a vende-los de uma forma direta aos consumidores, sem intermediários e os consumidores estão satisfeitos tanto como os produtores.”

Implementado em dezembro do ano passado, o Núcleo teve até agora algumas dificuldades em conseguir produção.

Duarte Moreno realça que agora é a altura certa para iniciar o cultivo de todo o tipo de produtos hortofrutícolas, visando garantir a sua sustentabilidade.

microfone

“Temos consumidores de cabazes de 7 quilos e de 10 quilos, daí variar a produção. Sabemos que há mais pessoas a aderir. Os nossos produtores não estão preparados para esta época, nesta época não há produção a não ser que tivessem estufas e pudessem produzir produtos biológicos. Como não estão preparados, estamos numa fase de escasso e vamos na próxima época de produção iniciar com força para que no próximo ano não haja falhas na produção.”

Sem intermediário, os cabazes com produtos hortofrutícolas da época são vendidos consoante a vontade do consumidor.

O Núcleo de Macedo de Cavaleiros está aberto, às quintas-feiras.

Foto0698 Foto0697 Foto0694 IMG_3191 Foto0691 Foto0693 IMG_3188 Foto0699

Escrito por Onda Livre

Relacionados