Mogadouro avança com “ajuda de emergência” às populações fustigadas pelo incêndio

Mogadouro avança com “ajuda de emergência” às populações fustigadas pelo incêndio

O Município de Mogadouro vai abrir uma porta de emergência e apoiar as populações do concelho fustigadas pelo incêndio que devastou cerca de 15 mil hectares de floresta e culturas.

Entre as medidas de apoio estão, a isenção do pagamento da fatura da água referente ao mês de julho e a distribuição de alimentos para os animais são algumas das contribuições da autarquia.

As ajudas já começaram a chegar à Quinta das Quebradas, Meirinhos e Estevais, as localidades mais afetadas pelas chamas.

O vereador da Agricultura e Ambiente, António Pimentel avança que vão ser entregues 120 toneladas de palha.

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“O município resolveu isentar toda a população do pagamento da água durante o mês de Julho e também deu uma ajuda de emergência a todos os criadores de animais. Estamos neste momento a fornecer palha, o que é fundamental para as ovelhas e as cabras, uma vez que ardeu uma extensão elevada de pastos e por isso não há condições para elas fazerem o pastoreio. Já chegou parte dela, e vai continuar a chegar durante a semana, num total de 120 toneladas de palha”, sublinha o autarca.

Numa primeira fase, o município contabiliza prejuízos na ordem dos 200 mil euros.

A Câmara de Mogadouro está a equacionar uma segunda fase de ajudas nas aldeias do concelho fustigadas pelo fogo e que visam a recuperação de estábulos e outros imóveis agrícolas.

O vereador mostra-se reticente quanto aos apoios governamentais, mas acredita que alguma verba será canalizada.

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“Paralelamente fizemos um levantamento dos prejuízos de bens materiais; como são os estábulos, corriças, algumas casas que arderam e alguns animais que morreram. Apurámos o valor de 200 mil euros que numa primeira fase mandámos para a segurança social, já que nos foi pedido por eles.

Agora estamos a aguardar para ver qual é o contributo que a Segurança Social e o Ministério da Agricultura vão dar. Caso isso não venha a acontecer a Câmara terá que substituir essas instituições no que diz respeito a construções e percas de animais. Não é que eu tenha muitas esperanças mas certamente que irão criar alguma linha de crédito nomeadamente para florestas e pastagens. Para as construções e isso acredito que a Segurança Social cubra, pelo menos foi-nos dito que haveria disponibilidade de dinheiro para cobrir esses prejuízos”, frisa.

Já foram distribuídas 60 toneladas de alimento para os animais, e para o dia de hoje está previsto entregar mais 40.

António Pimentel frisa que a folga financeira que o município de Mogadouro dispõe permite estar na retaguarda da ajuda às populações.

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“Da parte do município, felizmente, temos condições económicas para, (não digo resolver todos os problemas), mas pelo menos acorrer à resolução dos principais problemas das pessoas. Não há duvida nenhuma que estaremos sempre na retaguarda e atentos ao que se vai passar”, assegura o vereador.

O incêndio que lavrou durante quatro dias nos concelhos de Alfândega da Fé, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo provocou prejuízos avaliados entre três a quatro milhões de euros no sector agrícola.

 Escrito por Onda Livre 

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