Os incêndios que deflagraram este verão na região do Parque Natural do Douro Internacional e da região do baixo sabor provocaram avultados prejuízos no setor apícola.
Foram devastadas cerca de meio milhar de colmeias e cerca de oito mil produções apícolas ficaram afetadas.
Segundo dados avançados pela Associação de Apicultores do PNDI, os incêndios dos meses de julho e agosto fustigaram uma grande número de colmeias e a produção pode estar seriamente comprometida.
“Um dos maiores incêndios do ano foi o do baixo sabor porque arderam áreas consideráveis de quatro concelhos. Áreas excelentes aproveitadas para a exploração apícola. Havia muitas colmeias instaladas, e muitas se perderam.
“Temos vindo a reivindicar apoios, para a alimentação dessas colmeias porque é impossível colocá-las para outras áreas devido à pressão que existe neste momento na actividade apícola, porque não há muitas áreas disponíveis. E apoios esses para poder passar o Outono/Inverno”, afirma.
As regiões mais afetadas foram as que abrangem os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta.
O técnico da Associação de Apicultores do Parque Natural do Douro Internacional (AAPNDI), Vitor Ferreira revela que já estão a reivindicar apoios para recuperar o setor e assegura que há luz verde.
“Estão a garantir-nos repor a 100% do potencial produtivo a esses apicultores na reunião que tivemos com o Director Regional o Dr. Manuel Cardoso foi garantido isso.
“Também temos que ter calma, porque nesta altura o mês de Setembro está a vir bastante quente, ainda à possibilidade de vir mais fogos. Estamos à espera das primeiras chuvas, mas para já estamos em prevenção”, explica.
Ainda assim, cerca de seis mil colmeias escaparam às chamas, visto terem sido mudadas um mês antes de iniciarem os incêndios florestais.
Vitor Ferreira afirma que uma colmeia pronta a produzir custa cerca de 200 euros.
” Logo de prejuízo imediato podemos falar a volta de 200 euros por colmeia. Também tivemos sorte porque havia perto de seis mil colmeias nesses locais que tinham sido retiradas um mês antes”, refere.
Resta agora aguardar que o mês de setembro não seja igualmente devastador para o setor apícola da região.
Escrito por Onda Livre
