Utente insatisfeito com serviços médicos avança para a justiça

Utente insatisfeito com serviços médicos avança para a justiça

Um jovem de 24 anos alega não ter recebido o tratamento adequado por parte do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e promete avançar com uma queixa-crime contra o médico que o recebeu na unidade de Vila Real.

Óscar Paulos sofreu um acidente nas obras da barragem do Tua a 14 de agosto e alega ter sido vítima de negligência médica.

O jovem caiu de uma altura de cerca de sete metros, o que lhe terá provocado mazelas na região da anca, dorsal e região cervical.

Natural da freguesia do Lombo, em Macedo de Cavaleiros, o utente está indignado com a forma como foi atendido pela unidade hospitalar de Vila Real e explica o que aconteceu no dia do acidente.

microfone

 “Estava trabalhar na barragem do Tua, quando fiquei sem gasolina na moto roçadora, desloquei-me a outro local pois no mato não podíamos por a gasolina por causa dos incêndios.

Ao descer escorreguei e cai, bati com as costas. Fui transportado para Vila Real onde estive desde as duas da tarde até às nove e quarenta e cinco da noite para ser atendido, onde me fizeram um TAC, disseram-me que não tinha nada. Depois à uma e dezanove mandaram-me para casa com a serviçal em cima do ombro já não conseguia andar teve que ser uma amigo do meu irmão a trazer-me porque em Vila Real despejaram-me como um animal,  não me deram qualquer transporte  e se não fosse o meu amigo ainda hoje lá estava”, explica.

As dores que o invadiam e a incapacidade em andar levou Óscar Paulo a dirigir-se à urgência do Hospitalar de Macedo de Cavaleiros por volta das 23 horas do dia 15 de agosto.

Aqui foi encaminhado para Bragança, onde lhe realizada uma ressonância magnética, e detetada uma contusão medular.

Tendo ficado internado na Unidade Local de Saúde do Nordeste até 13 de setembro.

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“Aqui em Macedo o médico procurou-me o que se tinha passado, disse-lhe que foi um acidente de trabalho e que não sentia as pernas.

Começou a picar-me para ver se tinha sensibilidade nas pernas, e eu já não tinha qualquer tipo se sensibilidade, automaticamente mandou-me para Bragança, fiquei internado durante uma semana onde me fizeram uma ressonância magnética e agora faz um mês que estou internado aqui em Macedo”, refere.

Óscar Paulos alega que o médico demonstrou perante o seu caso uma grande falta de competência.

Para evitar que situações semelhantes se repitam, frisa que vai avançar com o caso para a justiça.

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“Estou indignado com o médico, porque ele  nem para veterinário serve, porque vendo a situação  em que estava não era para me mandar para casa, mas sim para fazer o possível e ver o que tinha.

“Segundo esse médico eu já estava apto para ir trabalhar no dia seguinte, quando faz um mês que estou numa cama do hospital. Quando sair daqui vou apresentar queixa contra esse médico porque o que ele me fez não se faz a ninguém “, sublinha.

 

Contactado o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes, este confirmou a entrada do utente, Óscar Paulos no Serviço de Urgência, a 14 de agosto.

Disse ainda que nesta unidade hospitalar foram realizados dois exames, um TAC e um exame neurológico periférico, nos quais, segundo fonte hospitalar “não lhe foram observadas quaisquer alterações”, daí ter recebido alta hospitalar.

 

Escrito por Onda Livre 

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