Laboratório de Sanidade Animal de Mirandela vai mesmo fechar

Laboratório de Sanidade Animal de Mirandela vai mesmo fechar
 
Está confirmado. O Laboratório de Sanidade Animal de Mirandela fecha as portas no dia 31 de Março.
O diretor regional de agricultura do Norte quebrou o silêncio sobre este dossier e revela que a partir de Abril, as análises deverão passar a ser realizadas na unidade do Vairão, no Porto.

No entanto, Manuel Cardoso garante que os nove funcionários vão manter os seus postos de trabalho no âmbito da Direção Regional de Agricultura e que as análises ao azeite continuarão a ser realizadas em Mirandela.

A partir de AbRil, o laboratório de apoio à atividade agro-pecuária de Mirandela vai deixar de realizar as análises à sanidade animal.

Depois de muitos rumores, eis que chega a confirmação. O laboratório de Apoio à Atividade Agropecuária de Mirandela vai deixar de fazer análises à sanidade animal a partir de Abril, revela o diretor regional de agricultura do Norte.

Manuel Cardoso revela que esta unidade é o elo mais fraco da atual rede de laboratórios do País que ainda fazia análises à brucelose, leucose e a amostras de leite, que representam o maior número de pedidos da região, ainda com um efetivo considerável de pequenos ruminantes. As restantes, necessárias à sanidade animal, já eram encaminhadas para o Porto ou Lisboa, há alguns anos.

Para além de uma racionalização de custos, o diretor regional de agricultura do Norte avança que o fator que mais pesou para este encerramento fica a dever-se à alegada falta de recursos humanos nesta região.

Inaugurado há oito anos por José Sócrates, processava anualmente cerca de 380 mil amostras de sangue, mas Manuel Cardoso diz que a unidade nunca teve todas as valências a funcionar, para além de que o edifício continua a estar subaproveitado e sofre de alguns problemas estruturais ao nível da construção

Já quanto aos nove funcionários, Manuel Cardoso garante que  vão manter os seus postos de trabalho no âmbito da Direção Regional de Agricultura.

Manuel Cardoso não se sente culpado pela perda de mais um serviço e até está confiante de que será aumentado o investimento.

O diretor regional de agricultura refere-se ao centro de excelência do azeite que recentemente o secretário de Estado da Alimentação diz ser intenção abrir em Mirandela. A candidatura poderá avançar no quadro comunitário de apoio que vai entrar em vigor

 

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1 Comment

  1. Artur Ferreira
    20/02/2014 at 12:40

    Mais um serviço público a encerrar… Um concelho cada vez mais empobrecido por políticos que não sabem o que é desenvolvimento, descentralização, harmonização, acessibilidade e valorização do serviço público territorial. Mataram o Cachão, a Direcção Regional de Agricultura já esteve para debandar para Braga e, paulatinamente, acabará mesmo por se extinguir se os transmontanos continuarem a desinteressar-se pela sua região. A litoralização dos serviços, a centralização no litoral de indústria, serviços, ensino, centros de investigação, cadeias, quarteis levam a que o interior fique cada vez mais desertificado, mais abandonado e nem por isso mais beneficiado em termos de impostos. Um cidadão transmontano paga o mesmo IVA, as mesmas taxas moderadoras, as mesmas percentagens de IRS, IRC, a mesma electricidade, água, saneamento, portagens, etc., etc. Sempre que vou a Trás-os-Montes sinto tudo muito mais silencioso, menos dinâmico e mais conformado com o seu destino empobrecido e triste.