Homem condenado a 22 anos de prisão por matar idosa

Homem condenado a 22 anos de prisão por matar idosa

André Gomes, o jovem que no início de junho de 2010, na aldeia de Freixiel, violou e estrangulou Isolina Ramos, uma professora reformada de 88 anos, foi condenado esta quarta-feira pelo Tribunal de Vila Flor a 22 anos de cadeia.

Recordo que o Ministério Público tinha pedido, há 15 dias, na primeira e única sessão do julgamento, em cúmulo jurídico, uma pena “nunca inferior a 23 anos de cadeia”, enquanto a defesa clamou inocência e a absolvição.

Esta tarde, no final da leitura do acórdão, a defesa disse que vai recorrer.

O advogado da família da vítima não quis prestar declarações à comunicação social, mas o advogado de defesa do arguido, Paulo Barata da Cunha, disse hoje que vai analisar o acórdão do coletivo de juízes e depois admite recorrer por não concordar com a decisão.

Nas alegações finais deste julgamento, o advogado de defesa tinha destacado o facto de arguido se manter em silêncio porque estava a encobrir o verdadeiro autor do crime, que seria alguém da sua família. Por isso entendeu hoje que 22 anos de cadeia para André Gomes é uma pena exagerada.

O tribunal deu como provados os crimes de homicídio qualificado e violação da professora de 88 anos e de coação sobre outra idosa da aldeia, condenando André Gomes a um cúmulo jurídico de 22 anos de prisão.

Recordo que o trabalhador agrícola, atualmente com 25 anos, solteiro, residente em Freixiel, só foi detido pela Polícia Judiciária três anos depois do crime, após uma demorada investigação.

Os testes de ADN feitos a partir do vestígios da violação da idosa e na ponta de um cigarro encontrado no local, bem como os resultados da autópsia, foram determinantes para fazer a prova.

O crime ocorrido no dia 1 de junho de 2010 chocou a população daquela freguesia do concelho de Vila Flor.

André Gomes, então com 21 anos, entrou num anexo da casa da antiga professora primária para a violar. No ato, perante a resistência e os gritos da idosa, estrangulou-a. Depois fugiu sem furtar nada.

O cadáver de Isolina Ramos foi encontrado pelo seu empregado Daniel Pinto, cerca das 17 horas do dia seguinte. Ia pedir-lhe dinheiro para meter gasóleo no trator quando a viu morta e pediu auxílio.

A mulher estava estendida no chão com uma corda à volta do pescoço, a cara tapada com um grande saco de plástico grosso e nua da cintura para baixo.

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