Presidente da República quer convencer Costa a criar grupos de ação pensados para Trás-os-Montes

Presidente da República quer convencer Costa a criar grupos de ação pensados para Trás-os-Montes

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu ao final desta tarde, em Alfândega da Fé, que mais do que uma Unidade de Missão para a Valorização do Interior, tal como o atual governo defende, é necessário criar um grupo de ação preocupado especificamente com a região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Uma ideia que o chefe de Estado tinha sublinhado no inicio da visita à região, no âmbito da segunda edição do “Portugal Próximo”, quando, na passada segunda-feira referiu, em Santa Marta de Penaguião, no distrito de Vila Real, que deveria ser criada uma Unidade de Missão para o Douro.

Já hoje, em Alfândega da Fé, frisou que o ideal era abranger toda esta região e que se deveria começar a trabalhar nesse sentido, o quanto antes, de forma a canalizar para esta zona mais fundos do actual quadro comunitário de apoio.

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“Eu sei que o Governo criou uma unidade de missão para aquelas terras que estão longe do litoral. Mas ontem fui um pouco mais longe, e espero convencer o senhor Primeiro-Ministro, porque penso que seja mesmo necessário ir um pouco mais longe. Porque o chamado ‘interior’ é muito vasto.

Acho que era importante haver uma unidade de missão, ou se quiserem, um grupo na unidade de missão, preocupado com esta região, com os seus problemas, e com os fundos que aqui possam vir a ser usados. Porque é uma oportunidade única.”

Marcelo Rebelo de Sousa não tem dúvidas que as terras e as gentes de Trás-os-Montes merecem um tratamento especial, sobretudo na distribuição dos fundos comunitários.

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“Nenhum de nós sabe se depois de 2020 haverá tantos fundos a vir de Bruxelas como aqueles que vieram, e que estão para vir.

E não se pode perder esta oportunidade. E se é verdade que há outras zonas do continente português que estão longe do litoral, e de onde onde é mais fácil haver uma decisão política, e que, por isso, precisam de uma intervenção urgente, Trás-os-Montes e Alto Douro merecem um tratamento especial.”

O Presidente da República apelou ainda à união entre autarquias, organismos do Estado e populações, de forma a criar mais investimento mais nesta região.

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“Não é para discriminar em relação aos outros, não pode haver aí desigualdades. Mas é para olhar para os problemas, e encontrar uma equipa que possa coordenar os esforços entre os municípios, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, os serviços do Estado, as empresas, o produtores, aqueles que vão tentando criar riqueza. Também as IPSS e as Misericórdias, que todos os que tratam das questões sociais, com muita dificuldade.

É preciso juntar tudo isto e usar os próximos anos para investir mais nestes terras e nestas gentes.”

Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido por um banho de multidão ontem, em Alfândega da Fé. Centenas de pessoas rumaram ao centro, junto à casa da família do padrinho do Presidente da República, o Engenheiro Camilo de Mendonça.

Antes disso, tinha visitado a fábrica de cogumelos SousaCamp, em Vila Flor.

E depois jantou, na Adega Cooperativa de Freixo de Espada à Cinta.

Hoje termina a segunda edição do “Portugal Próximo” no distrito da Guarda.

Informação CIR (Rádio Brigantia)

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