Pede-se mais informação sobre as guerras no dia em que se lembra a paz

Pede-se mais informação sobre as guerras no dia em que se lembra a paz

Devia ensinar-se mais sobre as guerras contemporâneas nas escolas. Uma consideração que já tinha sido deixada no passado e voltou a ser reforçada pelo presidente do Núcleo da Liga dos Combatentes de Macedo de Cavaleiros, que espera que as gerações vindouras estejam mais sensibilizadas para estas questões.

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“Não sei porquê mas os professores, embora não devam ter culpa, não ensinam mais sobre as guerras contemporâneas, parece que têm medo de dizer que houve guerra nas colónias, que fomos para lá, estivémos 500 anos, lutamos nos últimos 14 ou 15 e morreram milhares de pessoas, explicar os porquês e as causas pois as consequências são conhecidas, falta explicar o motivo do início dos conflitos.

É uma pena que lamento.

Pode ser que as gerações futuras possam ser mais abertas de pensamento do que aqueles que surgiram no pós 25 de Abril.”

Declarações à margem das comemorações do Dia do Armistício, que se assinalou no passado sábado e que, um pouco por todo mundo, pretende lembrar a paz e o fim dos conflitos.

Em Macedo de Cavaleiros a data foi lembrada pela primeira vez, na Praça dos Combatentes, onde foi feita uma homenagem a todos que estiverem envolvidos nesses conflitos.

Um dia marcante para toda a humanidade, considera o presidente do núcleo.

 

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“Esta data assinala o dia mais marcante para toda a humanidade. É o dia que marca a paz, é o símbolo disso. Dia 11 de novembro, em todo o mundo se comemora o fim das guerras. Infelizmente, na prática, as guerras continuam mas é um dia que alegra a todos os apoiantes da paz.”

António Batista que deixa ainda o apelo aos presidentes de junta das aldeias do concelho onde houve combatentes de guerra para que, à semelhança de Vale Benfeito, façam memoriais e não deixem que os nomes de quem trabalhou pela paz sejam esquecidos.

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“Temos mortos da guerra em cerca de 95 % das freguesias.

Criar memoriais tem de ser uma iniciativa política, embora nós estejamos presentes, não pode ser autoria nossa.

Espero que me estejam a ouvir e que, de facto, sobretudo onde houve mortos, prestem homenagem a essas pessoas.”

Presente na homenagem esteve também Elsa Escobar, vereadora da Cultura do Município, que considera o Dia do Armistício um data importante que não poderia deixar de ser lembrada em Macedo de Cavaleiros.

 

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“Obviamente que não podia passar despercebida e eu fiquei muito satisfeita com a iniciativa pois acho que tudo o que sirva para nos lembrar a paz seja sempre celebrado. 

É importante que se pense sempre na história para que sejamos capazes de entender o presente e preparar o futuro. 

É importante manter vivas as memórias do passado para que não se repitam os mesmos erros.”

Um dia dedicado para lembrar a Paz, em todo mundo, a ser também assinalado em Macedo de Cavaleiros pelo Núcleo da Liga dos Combatentes.

Escrito por ONDA LIVRE

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