Cruz Vermelha de Mogadouro com alegado desvio de 15 mil euros

Cruz Vermelha de Mogadouro com alegado desvio de 15 mil euros

A Cruz Vermelha de Mogadouro tem uma nova comissão administrativa, depois da demissão do anterior presidente e de um alegado desvio de quase 15 mil euros dos cofres da instituição.

O problema nas contas vai mesmo levar a uma queixa no ministério público, como confirmou à CIR a vice-presidente da Cruz Vermelha, Irene Veloso:

Vimos que neste momento estavam 14.888 euros, que estão dados como entrados em caixa e não estão, não foram depositados. Em vez de abrirmos um processo eleitoral, face à situação foi decidido aqui na direção nacional que o melhor seria retirar todas as pessoas que lá estavam, uma vez que não deram pela situação e nomear uma comissão administrativa. Sugerimos a apresentação de queixa e agora a nova presidente irá apresentá-la.”

A anterior direcção da delegação da Cruz Vermelha de Mogadouro era encabeçada por José Lima. O ex-presidente da delegação disse que pediu a demissão devido por não concordar com o que disse ser indisciplina de alguns elementos que trabalhavam na instituição e garante que as acusações em relação ao alegado problema nas contas não passa de difamação:

Inventaram que havia um déficit há dois anos, que tinha faltado 14 mil euros. E eu pergunto, como? A mim a Cruz Vermelha nunca me disse nada e agora vêm por em causa a minha reputação, isto é uma difamação pura de uma pessoa que deu 23 anos e nunca recebeu um cêntimo e que agora se vê enxovalhado. Eu nego estas acusações. Nunca em Lisboa me falaram destas contas. Nunca.”

Por sua vez, a nova presidente da comissão administrativa da delegação de Mogadouro, Lélia Ribeiro, acusa a anterior direcção de ter dificultado a transição, ao cancelar serviços, apagar registos informáticos e ter prejudicado o serviço de transporte de doentes para tratamentos e exames:

Foi-nos dado conhecimento desta situação pela sede nacional, não tivemos acesso a qualquer tipo de conta da delegação de Mogadouro, até agora. Ficamos a saber que nem os cheques devolveram, já aí se nota um pouco de má-fé ou esquecimento, não nos facultaram qualquer tipo de documentação, registo no computador, que tinha palavra-passe. Quando conseguimos aceder percebemos que tinha sido tudo apagado.”

 

A comissão administrativa da Cruz Vermelha de Mogadouro foi nomeada transitoriamente, para preparar as condições necessárias para a realização de eleições, devendo assumir estas funções no período de 1 a 2 anos.

Os novos responsáveis da instituição pretendem agora retomar a normalidade nos serviços que prestavam no transporte de doentes e de urgência para unidades hospitalares de Bragança, Mirandela e Vila Real e aumentar o apoio prestado na área social.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)  

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