Vai ser criado um Plano de Saúde até ao final do ano para a ULS Nordeste

Vai ser criado um Plano de Saúde até ao final do ano para a ULS Nordeste

Vai ser criado, até ao final do ano, um Plano Local de Saúde para a Unidade Local de Saúde do Nordeste. Este plano, à semelhança de outros já criados noutras regiões, baseia-se em estratégias nacionais e regionais e prevê contribuir para o cumprimento das metas nacionais, mas também traçar estratégias e intervenções específicas e individualizadas. A primeira reunião plenária aconteceu ontem, na Escola Secundária Emídio Garcia, e reuniu diversas entidades de saúde do distrito. O presidente do conselho de Administração da ULS do Nordeste, Carlos Vaz, explica que já estão identificadas as principais necessidades para se poder começar a traçar o plano:

“Foi feito o levantamento de todas as necessidades, através de estudos profundos pela Unidade de Saúde Pública. Para agir é preciso conhecer, e devo referir que, aqui na nossa região estamos mal. Na percentagem de mortes externas, nomeadamente em acidentes de tratores. 

O plano é até 2020, mas pode depois ser alargado.
Para que as pessoas se sintam envolvidas têm de ser feitos estes plenários e vão ser discutidos os assuntos das prioridades para a nossa região, com vista a tomar as medidas necessárias.”

 

No âmbito do Plano Local de Saúde, Carlos Vaz avança ainda que os responsáveis da ULS do Nordeste pretendem intervir mais em parceria com outros agentes locais:

“São esses programas que já estão a ser desenvolvidos, quer pelo Centros de Saúde, quer pelas equipas de saúde pública. Esses programas são fundamentais para ajudar as pessoas a ter outros hábitos e também para ter conhecimento das principais necessidades.”

 

A coordenadora da unidade de saúde pública da ULS do Nordeste, Inácia Rosa, explica que para desenhar o plano foram identificados os principais dez problemas de saúde registados na região e foram propostos cinco.

“Nós identificamos, com a elaboração do diagnóstico de situação, dez problemas de saúde. Desses dez, com critérios que existem de vulnerabilidade, de transcendência, magnitude, já conseguimos identificar cinco, com o Conselho de Administração. 
Vamos propor esses cinco, dos quais vão sair três, os quais iremos trabalhar em todo o distrito. Em primeiro lugar, as doenças cerebrovasculares/cardiovasculares, tumores, diabetes, doenças respiratórias e saúde mental.” 

 

A saúde mental foi assumida como uma das áreas prioritárias para intervir na região já que ficou esclarecido que Bragança é o distrito com maior taxa de suicídios em Portugal, cerca de 20 por ano, uma realidade que pode estar relacionada com o isolamento e envelhecimento da população.

 

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)

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