Os sócios da Associação Comercial de Macedo de Cavaleiros reuniram, ontem à noite, para discutir a situação do comércio local. Em cima da mesa estiveram temas como a falta de estudantes do ensino superior, a necessidade de revitalizar o sector agrícola e a continuidade da aposta no turismo e na caça.
Deste primeiro encontro, foi unânime a vontade dos associados em realizar assembleias por sectores, para que o debate seja mais intenso, e convidar associações e instituições ligadas aos temas em questão.
O comércio local em Macedo de Cavaleiros não é exceção e vive dias difíceis.
A Assembleia da Associação Comercial local decidiu reunir os associados para trocar ideias e juntos encontrarem soluções, que ajudem a dinamizar a cidade e o concelho.
Para isso, foram propostos vários temas inerentes à vida social e económica macedense, como a falta de estudantes no Piaget, a situação da agricultura, a emigração, os turistas ou o sector da caça.
Luís Miranda Pereira, presidente da mesa da Assembleia da ACIMC, explica que a principal intenção é unir os comerciantes e criar um espaço de diálogo.
“O que aqui se pretende é mais do que poder tomar posições pontuais. É poder criar uma forma diferente de actuar relativamente à associação, pretende-se ouvir os associados e criar um espaço de diálogo, quebrando o isolamento, e criar uma consciência entre as várias áreas produtivas.”
De futuro poderão surgir mais assembleias, mas sectoriais, ou seja, apenas destinadas a um tema. Ficou mostrado que a agricultura deverá ser o próximo sector a discutir.
Ouça aqui: Luís Miranda Pereira
António Cunha, presidente da direcção da ACIMC, entende que destas assembleias extraordinárias deverá surgir uma posição, que deverá ser dada a conhecer depois às entidades políticas competentes da área, uma vez que o peso do comércio e da industria é significativo e deve ter voz.
“Propôr ideias e fazer pensar os políticos que, em determinadas alturas, podem não estar certos. Sem os empresários de Macedo e a parte empresarial a funcionar a 100% não conseguimos avançar”.
Os comerciantes presentes na assembleia aplaudiram a ideia. Apelidam-na de “iniciativa construtiva”. Humberto Trovisco, empresário local, sublinha a necessidade de reflectir acerca de um comércio que está envelhecido.
Ouça aqui: Humberto Trovisco_Trovidoce
Um dos pontos mais abordados pelos comerciantes que usaram da palavra nesta assembleia foi a adequação do horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais à procura dos clientes e turistas, nomeadamente ao fim-de-semana e também a necessidade de quebrar o individualismo e fortalecer a união entre os comerciantes, para que se encontrem soluções risonhas para o futuro.
O turismo e a caça foram também apontados como os pontos de salvação do comércio local, bem como a exploração de alguns nichos agrícolas como a apicultura.
Por: Miguel Midões