Sindicato pede demissão do ministro por causa da paragem das obras do túnel do Marão

 

O sindicato da construção de Portugal pede a demissão do ministro da economia por causa da paragem das obras do túnel do Marão.Uma posição tomada durante uma conferência de imprensa no local da obra. 

 “O ministro da economia e do emprego deve uma explicação ao país porque deu um prazo de 60 dias e os túneis não foram reabertos” refere o presidente do sindicato, Albano Ribeiro, acrescentando que “para nós está provado que este ministro deve ser demitido pois não tem capacidade para negociar seja com quem for”. “Ao longo destes anos sempre fomos recebidos por ministros ligados ao sector e este não sabe conviver democraticamente pois não responde e não recebe” salienta.  

O presidente do sindicato revela que convidou os presidentes das câmaras do distrito de Vila Real e Bragança e ainda o de Amarante, bem como os deputados eleitos pela região, para que juntos pudessem reivindicar o urgente reinicio das obras.Albano Ribeiro lamenta que o sindicato seja o único a pedir explicações ao Governo. Agora o sindicato pede uma audiência ao primeiro-ministro.

“Ao convidarmos estes parceiros sociais era para pedir, em conjunto, uma audiência de carácter urgente ao primeiro-ministro, que até é transmontano, para que ele possa intervir de forma a que estes túneis reabram” afirma. “Será que ele está à espera que terminem as obras entre Bragança e Vila Real para depois recomeçarem os tuneis?” questiona o responsável.

O presidente do sindicato manifesta-se preocupado com a pressão que os trabalhadores vão ficar sujeitos quando as obras recomeçarem.“As obras deviam avançar já e quando isso acontecer os trabalhadores vão ter uma carga horária e uma pressão bastante grande para que recuperem o atrasado” refere. “Se algum dia morrer aqui um trabalhador por causa destas paragens será responsabilizado o ministro da economia” acrescenta.

O túnel do Marão começou a ser construído no Verão de 2009 e deveria estar concluído no início deste ano, mas durante este tempo já foi sujeito a três paragens, duas delas relacionadas com o processo judicial interposto pela empresa Águas do Marão e a terceira com as dificuldades financeiras da concessionária.

Neste momento, e segundo fontes ligadas ao Governo, está a ser negociado o valor da concessão do Túnel do Marão.

Por CIR