Está criada a polémica entre os caçadores. Há mesmo quem considere que pode ser o fim da caça enquanto actividade. O receio foi demonstrado pelo presidente do Clube de Monteiros do Norte, a propósito da junção da Autoridade Florestal e do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, que foi decretado na semana passada. Álvaro Moreira teme que, agora, a caça venha a ser prejudicada.
“Estamos profundamente preocupados com o que se perspectiva com a nova reorganização porque se os serviços da tutela têm funcionado mal, ainda vão piorar mais”, garante, mostrando “receio dos fundamentalismos que têm trazido problemas à caça”.
No entanto, nem todos partilham destes receios.
Entre os caçadores, nem todos partilham da mesma opinião.“Não vejo o fim da caça porque até está malta nova a ingressar.
Agora, que é mais selectiva, é verdade”, explica Horácio Alves, de Vila do Conde. Por sua vez, Bernardino Alves, confessa não estar “muito a par das novas leis” da caça. Paulo Abreu, de Amarante, também diz que não está “dentro do assunto”, mas entende que há uma “desmotivação” entre os novos caçadores, sobretudo com a lei das armas. Já o vice-presidente da câmara de Bragança espera mesmo uma melhoria nas condições para os caçadores.Rui Caseiro, também caçador, não vê problemas para a caça com esta junção.
“À partida não me parece que seja. Todos devem trabalhar num sentido único. Até acho que haverá melhoria porque os planos de exploração tinham de ter dois pareceres e agora poderão ganhar com o entendimento conjunto entre os dois organismos.”Declarações à margem do 26º encontro venatório do Nordeste Transmontano que este fim-de-semana se realizou em Rebordãos, no concelho de Bragança, com uma batida ao javali.
Mais de uma centena de caçadores participou neste encontro.
Foram abatidos oito animais.
Escrito por Brigantia (CIR)