Por: Miguel Midões
O Monte de Morais é um desafio para a autarquia local.
Convicção demonstrada por José Castro, professor no Instituto Politécnico de Bragança.
Ao contrário do Azibo que é considerada a pérola do concelho, Macedo de Cavaleiros terá ainda de lapidar o potencial geológico do Monte de Morais.
Os aromas, a botânica e até a dimensão telúrica do local são aspectos que o docente do IPB considera únicos e que podem fazer com que o Monte de Morais se transforme num aspecto único ao nível do geoturismo.
José Castro considera o local um “desafio” para o município.
“É um desafio porque tem um valor intrínseco, pela particularidade geológica, do qual depende a singularidade da flora e da vegetção. É um valor que não é evidente e que é preciso torná-lo visível. É um valor natural que necessita de ser valorizado, é nesse sentido que é um grande desafio”.
Neste momento, quem atravessa a aldeia de Morais desconhece que ali mesmo ao lado mora um património tão rico. José Castro adianta, no entanto, que em breve, cerca de dois meses, serão colocadas as respectivas sinalizações do espaço. Contudo, o docente do IPB espera que se consiga ir além da sinalização. Está esperançado que se crie uma dinâmica de utilização e conhecimento do Monte de Morais.
“Ainda não está sinalizado. Dentro de um ou dois meses será feita essa sinalização e as pessoas poderão reconhecer melhor a singularidade geológica. Mas, o grande desafio será de dinamizar e manter o funcionamento desses sítios”.
No final do ano passado foi realizado um curso de guias para o Monte de Morais, coordenado pelo docente, para potencializar a utilização recreativa do geolocal. Guias de Natureza específicos para o Monte de Morais, que o município de Macedo de Cavaleiros pode começar a chamar esporadicamente para acompanharem os turistas.
Estas ideias foram defendidas durante o seminário inserido na Feira da Caça e do Turismo, ligado às problemáticas dos sectores no concelho de Macedo de Cavaleiros e no Nordeste Transmontano.