A administração da ULS Nordeste já está a tratar de substituir o director clínico dos cuidados de saúde primários que renunciou ao cargo na semana passada.
Armandino Raposo, que tinha sido nomeado em Janeiro, demitiu-se alegando razões pessoais e económicas.
O presidente do conselho de administração não quis comentar as razões que levaram à saída do clínico mas adiantou que já está em curso o processo de substituição. “Numa primeira fase e que será temporária, a direcção clínica será acumulada pelo director clínico, Domingos Fernandes, mas já está a ser analisada a substituição que terá que vir dos centros de saúde. Isso é fundamental”, salienta.
Quanto à Carta Hospitalar proposta pela Entidade Reguladora da Saúde e que prevê a perda de especialidades na urgência de Mirandela e a despromoção do Serviço de Urgência Básica de Macedo de Cavaleiros, António Marçoa diz que é um documento para não ser seguido.“Esse documento é um estudo. Não é documento para se seguido, pelo menos tal conforme está” afirma.Relativamente à dívida herdada do Centro Hospitalar do Nordeste e que se fixava em cerca de 25 milhões de euros, o presidente do conselho de administração da ULS Nordeste revela que ainda este mês mais de metade do passivo será saldado.“A situação está a melhorar porque o Governo atribuiu 1500 milhões de euros às instituições de saúde para amortizar a dívida a fornecedores”, refere, acrescentando que “cerca de 60% da dívida vai ser amortizada agora”.
Ainda sobre o caso da grávida de Freixo de Espada à Cinta que, em Maio, se queixou de não ter tido assistência durante o nascimento da filha, António Marçoa entende que houve um erro de procedimento.“A situação está em processo de inquérito mas já se detectou que houve erro de procedimento. Houve uma sucessão de acontecimentos que não foram os correctos” considera. “Existindo um centro de saúde em Freixo de Espada à Cinta, um Serviço de Urgência Básica em Mogadouro, temos até um helicóptero do INEM que dá apoio isso não pode acontecer e se aconteceu foi fruto de erros que sucederam”.
Além disso, acredita que não há condições para a maternidade de Bragança encerrar uma vez que o serviço mais próximo fica a uma hora de distância.
Escrito por Brigantia (CIR)