Os escuteiros belgas estão de regresso ao Parque Natural de Montesinho para executar trabalho voluntário nas aldeias.
Este é o segundo ano consecutivo que a região acolhe os jovens abrigo de uma parceria entre o Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade e o Serviço de Voluntariado Internacional.
Cerca de 300 escuteiros vão estar na região transmontana durante este mês nas freguesias de Espinhosela, Gimonde, Gondesende, Parâmio e Quintanilha, do concelho de Bragança, e Fresulfe, Gestosa e Moimenta, do concelho de Vinhais.
Na aldeia de Terroso, concelho de Bragança, as actividades já iniciaram.O presidente da junta de freguesia de Espinhosela elogia o trabalho dos escuteiros.
“Aqui estão a restaurar o centro de convívio, começaram na parte interior onde estão a pôr uma primeira mão de tinta e depois vão passar para o exterior, também já lixaram e pintaram o tronco. Estão a pintar o lavadouro e a mudar a telha”, explica Telmo Afonso, acrescentando que “o grupo que vem a seguir vai para Cova de Lua restaurar o recinto da Sra. da Hera e a casa de apoio às festividades”. O autarca salienta que “a sua mão-de-obra dá muito jeito. Se não fosse assim tínhamos de a pagar. Mas há também a vertente social e cultural fazendo aqui um intercâmbio interessante com as pessoas das aldeias”.
Os jovens salientam o espírito do trabalho voluntário durante as férias, considerando tratar-se de uma experiência enriquecedora e admiram o acolhimento que receberam.
“A iniciativa partiu dos nossos animadores do movimento escuteiro e que é destinada aos maiores de 18 anos, através de um projecto internacional. Serve para partilhar a nossa experiência, descobrir e conhecer novas coisas, que é o que nós gostamos de fazer”, refere Cedric Gerard.
“Permite-me descobrir novos lugares e pessoas, de estar entre os meus amigos e de me divertir. É a primeiro vez que participo e é muito divertido, é uma excelente experiência”, considera Marie Butstran.
“As pessoas daqui são muito generosas e acolhedoras. Toda na gente sorri e é simpática. Uma vez estávamos ali junto à estrada, os bombeiros passaram e buzinaram e nós respondemos com acenos”, diz Ramiro Remi.
A população aprecia o trabalho desenvolvido pelos escuteiros belgas e sobretudo o intercâmbio cultural que se proporciona.
“Animam bastante a aldeia, só é pena eles não compreenderem o português, mas trabalham bastante e são muito dados com as pessoas”, refere Adérito Gomes, acrescentando que “só é pena não estarem por aqui o Verão todo para fazer aquilo que os portugueses não fazem”.
Já Ana Pires diz que acha bem esta iniciativa “porque são jovens e dão animação à aldeia e também porque os trabalhos que estão a fazer são excelentes. São muito simpáticos e estão a fazer coisas que, se calhar, nós não teríamos tempo para as fazer”.
Na segunda quinzena de Julho, estes jovens serão substituídos por outro grupo de escuteiros.
Escrito por Brigantia