Os empresários de Bragança dizem que vão ter ainda mais prejuízos com o adiamento da conclusão da Auto-Estrada Transmontana.
O calendário da obra apontava este ano para a abertura da A4 ao trânsito. Mas o atraso dos trabalhos levou as Estradas de Portugal a adiar a sua conclusão para o primeiro trimestre do próximo ano. E as obras são uma verdadeira dor de cabeça para quem utiliza diariamente o IP4.
É o caso de Alberto Fernandes, da A. Montesinho Turismo e da Bísaro Salsicharia.
O empresário diz que os turistas demoram mais a chegar a Bragança e os atrasos na entrega da mercadoria são constantes.
“O IP4 tem dificultado o acesso às nossas casas de campo. Encontramos alguma confusão na identificação das placas. Ao nível da fábrica também notamos um aumento dos atrasos na entrega da mercadoria nos hipermercados. Ainda na semana passada um camião demorou seis horas a chegar ao Porto”, constata Alberto Fernandes.
Quem também teme a perda de competitividade com o aumento do prazo para a conclusão da obra e com a introdução de portagens é Nuno Rodrigues, da empresa David & Nuno.
“Nós temos camiões todos os dias no IP4, na A25, e na A24. Cada camião tem um custo de 60 euros com as portagens que já existem. Temos 20 por mês são 1200 por mês, só de Vila Real para baixo. De Vila Real para cima vai ter o mesmo custo, por isso vão aumentar os custos para quem faz este trajecto”, lamenta o empresário.
Para Orlando Carvalho, da Protecção 24, deviam ser criadas melhores condições para os automobilistas enquanto decorrem as obras.
“As demoras podiam ser evitadas. Há determinadas obras que podiam ser feitas durante a noite”, sugere Orlando Carvalho.
E se a construção da Auto-Estrada, que vai engolir parte do IP4, é uma dor de cabeça para quem anda na estrada.
As portagens, quando esta via estiver concluída, também preocupam os empresários, que vão ter mais custos para colocarem os produtos nos mercados.
Escrito por Brigantia (CIR)