Macedo de Cavaleiros é este domingo palco do derradeiro protesto contra a retirada do Helicóptero do INEM da cidade.
Depois de mais de 1500 pessoas que no passado dia 15 se reuniram na Praça das Eiras e, em marcha lenta dirigiram-se até ao heliporto onde está estacionada a aeronave, esta será a última luta.
Para este domingo a convocatória diz aos transmontanos para se concentrarem junto ao heliporto municipal por volta das 15 horas.
“Esperamos que seja a derradeira manifestação para o helicóptero ficar. Vamos esperar para ver. Está previsto uma concentração por volta das 15h no heliporto, com alguns slogans de ordem e pedimos às pessoas que coloquem nas janelas e varandas trajes pretos, em sinal de luto”, frisa o responsável.
O mentor da iniciativa, Ilídio Mesquita acredita que a voz da manifestação irá sensibilizar o presidente do INEM.
E frisa que a saída do meio de socorro aéreo se prende unicamente com questões economicistas.
“Eu tenho a certeza absoluta que ele tem o eco destas manifestações. Nós esperamos que o Presidente do INEM tenha o bom senso de ouvir o povo, até porque ele já veio dizer que esta medida de recolocar estes meios não tem nada a ver com a saúde pública, tem a ver puramente com questões económicas, e a poupança de 2,5 milhões de euros”, explica, Ilidio Mesquita.
Ilídio Mesquita reitera a importância do helicóptero do INEM para o distrito e afirma que tudo é válido para esta manifestação.
“A questão não é superar a última manifestação. Trata-se de sensibilizar as pessoas para este meio que está estacionado em Macedo de Cavaleiros, é importante para todo o distrito, principalmente para as terras mais afastadas. Tanto quanto sabemos Vila Real é um poço de nevoeiro, as pessoas podem correr o risco do helicóptero nem sequer poder levantar”, argumenta.
Ilídio Mesquita apela uma vez mais para que a população adira em massa. “Peço a todos que estejam presentes, coloquem nas janelas e varandas trajes pretos, divulguem através de todos os meios ao seu alcance para chegarmos a todos. Tragam tudo o que poderem para a manifestação, carros de bois, carrinhas, tratores, o que lhe apetecer, para que possam também servir para mostrarmos o nosso descontentamento”, sublinha.
Lembro que este será o último dia em que o meio de socorro aéreo estará no distrito de Bragança e este será o último grito pela permanência da aeronave em Macedo de Cavaleiros.
Esperava-se que fosse tomada até ao final deste mês, no entanto, ainda não há uma decisão sobre a Providência Cautelar que os 12 Municípios do distrito submeteram no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela.
De referir que em contrapartida irão ser colocadas três ambulâncias de Suporte Imediato de Vida no distrito de Bragança.
Será em Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Vila Nova de Foz Côa e entram em funcionamento já na segunda-feira.
Escrito por Onda Livre