Família muda-se para Alfândega da Fé pelo apoio da associação LEQUE

 

Por causa do apoio prestado pela associação LEQUE a crianças com necessidades especiais, uma família mudou-se para Alfândega da Fé.

Manuela Gomes residia na aldeia de Rebordãos, concelho de Bragança, e há duas semanas que passou a viver naquela vila transmontana.

Tudo para que o filho possa ter um melhor acompanhamento.

“Já está fora da escolaridade obrigatória e por causas dos problemas com que me deparei depois de sair da escola a solução encontrada foi aqui em Alfândega da Fé porque aqui tem uma série de actividades que em Bragança era impossível conseguir”, refere. “Tem balneoterapia, tem fisioterapia e outras actividades”, exemplifica. Além disso “também pode frequentar o centro de noite e em Bragança este tipo de resposta social demora imenso tempo”, acrescenta.Manuela Gomes diz que a sua vida mudou completamente mas acredita que vai valer a pena.“Uma mudança nuca é fácil porque estamos a iniciar praticamente do zero. Mudámos de localidade e de casa, trouxe o meu filho mais novo e isto mexe um bocadinho com o nosso núcleo familiar mas acho que vamos conseguir”, refere. “Até agora o balanço é positivo. Ele gosta das actividades e está perfeitamente integrado”, conclui.Segundo a presidente da associação LEQUE há mais famílias com filhos com necessidades especiais na disposição de ir morar para Alfândega da Fé para que possam ter maior apoio.“Já tínhamos duas famílias de Mirandela, mas uma delas era mãe solteira e não conseguiu alugar a casa a tempo para vir para cá a outra tem o problema do pai, sendo uma família de baixos recursos e não conseguiram gerir o sistema familiar para vir para Alfândega”, explica Celmira Macedo. “Mas penso que no próximo ano já será possível”, afirma, convicta.

De fora da região “já temos contacto de pessoas de Lisboa, mas aqui a mudança tem de ser mais acautelada porque é muito mais radical e estamos a fazê-lo em parceria com o projecto dos Novos Povoadores”.

O Centro de Atendimento, Acompanhamento e Animação para Pessoas com Deficiência da associação LEQUE está a funcionar desde Abril, com 30 vagas e quase esgotadas.

Escrito por Brigantia (CIR)