O Grupo Desportivo Macedense não vai avançar com o protesto ao Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol.
Esta ação estava inicialmente prevista devido ao que o clube considera ter sido alvo de uma injustiça desportiva durante o jogo frente ao Viseu 2001 do passado sábado.
Em causa está a validação do quarto golo do adversário que causou controvérsia e alguma contestação.
Em comunicado enviado à redação da Onda Livre, o Grupo Desportivo Macedense alega que, “foi validado um golo (sem consenso do trio de arbitragem), obtido através de um remate executado após o sinal sonoro que indicou o final do jogo, e que segundo a legislação em vigor é ilegal”.
O presidente do Grupo Desportivo Macedense, Paulo Pinto frisa que o comunicado emitido pelo Viseu é baseado em inverdades e ataques à integridade das pessoas de Macedo e do clube.
“A verdade dos factos, pensamos que é aquilo que está no comunicado que emitimos e que visa esclarecer essa situação, criada também pelo Viseu em relação ao que se passou aqui no passado sábado durante o jogo.
Eles alegam situações que não se passaram e entendemos por bem emitir esse comunicado para repor alguma verdade nessa situação. O comunicado que eles emitiram, não só põe em causa o Macedense, como também as próprias pessoas de Macedo.
Disseram em comunicado que em Viseu nem era necessário polícia nos jogos porque a massa adepta é calma, insinuando que as pessoas em Macedo de Cavaleiros não o são, e isso é falso.”
Os custos para apresentação do protesto à Federação, equivale a quatro meses de trabalho do clube, o que torna inviável para o Macedense avançar com esta ação.
Ou seja, ronda os 2500 €.
Assim, por falta de poder financeiro e não por falta de fundamentos, o Macedense não vai avançar com a contestação do jogo.
“A nossa intenção era fazer o protesto junto do Concelho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, em virtude do lance que fez o quarto golo do Viseu já depois do apito final a consequente vitória do Viseu. A taxa de justiça para podermos efetivar o protesto de jogo fica perto de 2500€, para a nossa realidade é impossível. Para além dessa taxa de justiça, há mais taxas para pagar e é necessário ser um advogado a apresentar esse protesto. A única razão para não recorrermos é mesmo por motivos financeiros.”
Paulo Pinto garante que nada disto fragilizou a equipa e é peremptório ao afirmar que o Grupo Desportivo Macedense não vai desistir da competição, nem baixar os braços perante injustiças e adversidades.
“Infelizmente em Trás-os-Montes estamos habituados a sofrer mais que os outros, têm sido assim ao longo dos anos. No campo da arbitragem já estamos habituados a alguns aspetos menos positivos. Nós temos o nosso rumo definido, sabemos o que queremos, com os jogadores que contamos, com a equipa técnica e com a direção. Sabemos bem o que temos e o valor da gente de Macedo que sempre nos apoiaram e que nos continuam a apoiar, o pavilhão estava cheio no passado sábado. Se calhar o Viseu não está habituado a isso e mesmo em outros campos que vamos, quando jogamos fora é raro ver um pavilhão cheio como se vê o de Macedo. Felizmente as pessoas de Macedo são pessoas calorosas, sabem apoiar os seus clubes e não poderia, por causa de um comunicado do Viseu, estar em causa a continuidade do Macedense, nem por termos sido prejudicados no jogo. Vamos continuar a lutar pelo nosso objetivo que é a manutenção e não é por perder o jogo desta maneira que vamos baixar os braços.”
O Grupo Desportivo Macedense não vai protestar o jogo frente ao Viseu 2001 que resultou numa derrota por quatro bolas a três.
No entanto, no comunicado, o clube expressa que não “descarta o recurso a outras ações judiciais”, tendo em vista a verdade e o bom nome das instituições e dos habitantes de Macedo de Cavaleiros.
Escrito por Onda Livre