“Nascidos para emigrar” Uma obra com apresentação oficial no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros

 

“Nascidos para emigrar” é o título do primeiro livro do macedense, Carlos Alberto Pires Vaz.

A obra é inspirada nos milhares de jovens que se veem “obrigados” a abandonar o país natal em busca de oportunidades.

Uma obra que terá a presentação oficial dia 3 de Novembro, no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros.

 

Aqui ficam alguns dos poemas patentes na obra:

 

“Saudade Lusitana”

Longe de terras lusitanas

Quanto mais conheço

Mais percebo as raças humanas

Desde o seu começo

Sei que a beleza é universal

Um bom raio de sol é sempre bem vindo

Mesmo longe de Portugal

E a dor da saudade é sempre um mal,

Que me deixa a pensar no meu lar

A verdade é que eu não consigo ver o ar

Mas ele enche os meu pulmões

Posso estar longe,

Mas penso e escrevo na língua de Camões

Como já disse alguém sábio,

“Quanto mais sei mais sei que nada sei”

Então por este mundo continuarei

Muitas vezes torcendo o lábio,

Um não dói sempre em que língua for

A expressão que trás do outro lado

É sempre um olhar molhado,

E um incerteza de um futuro promissor

Nevoeiro que Pessoa descreve

“Que é um Portugal a entristecer”

Em deixamos sorte a merecer

Sempre com uma sentença leve

Contos e utopias viradas para o Mar

Ouço-as desde de pequeno

Parecia ser um futuro sereno

Mais nada nos podia alabar

Homens vulgares que alcançaram a imortalidade

Que criaram a palavra saudade

A trás de um sonho, de ver  o imenso Portugal

E quando dos mares é nosso sal!

Vieram os Capitães de Abril

Com cravos e musica de Zeca Afonso no vinil

Dar inicio a uma nova liberdade

Mas uma vez lutamos contra a crueldade

Pois os que estavam nas colónias

Deixam ca muita saudade

Que nos criaran tantas insónias,

Tanta guerra, tanta morte, tanta revolução

Para agora ter de abandonar sem opção

Mas um D. Sebastião tarda em vir

Não tive solução se não sair…