Diretamente da terra para o consumidor.
É desta forma que vai funcionar o projeto Prove que chegou ontem a Macedo de Cavaleiros.
Através da venda direta, pretende escoar os produtos agrícolas locais e aproximar produtor de consumidor.
Sem intermediário, os cabazes com produtos hortofrutícolas da época vão ser vendidos consoante a vontade do consumidor, sendo ele a escolher o que pretende em cada cabaz e a periodicidade a receber.
A produtora, Marta Carvalheira garante a qualidade dos seus produtos que são inteiramente biológicos.
“Eu só produzia para consumo mas tenho possibilidades de aumentar a produção. Conheci este projeto, decidi inscrever-me como produtora e tenho aumentado a produção para dar resposta a estes cabazes. São produtos inteiramente biológicos, não tem nada a ver com os produtos que se vendem nas grandes superfícies que são produzidos em grande escala com químicos e pesticidas. Os nossos produtos não, são produtos que cultivamos na nossa horta.”
Um projeto de âmbito nacional, em que Macedo de Cavaleiros é pioneiro nos cinco concelhos da Terra Quente a acolher este projeto.
Há já 12 consumidores inscritos para adquirir o cabaz, e a encomenda é feita através da internet ou diretamente no Núcleo Prove, sedeado no Mercado Municipal.
“É preciso preencher uma ficha de inscrição que pode ser encontrada na internet, no site do Prove ou então também temos folhetos com a ficha de inscrição espalhados pela cidade. Podem vir diretamente ao mercado e nós damos a ficha para as pessoas se inscreverem. Depois de estarem inscritos tem que escolher o tipo de cabaz, grande ou pequeno, se querem uma entrega semanal, quinzenal ou mensal. A partir das escolhas nós iremos satisfazer o cliente. O cabaz mais pequeno tem entre cinco a seis quilos, custa sete euros e meio. O cabaz grande tem entre sete a nove quilos e custa dez euros.”
O presidente da Desteque, Associação para o Desenvolvimento da Terra Quente e a empresa promotora da iniciativa na região, frisa que estas vendas de proximidade sustentam a confiança entre produtor e consumidor.
Duarte Moreno acredita que desta forma é possível garantir qualidade no produto que vai para a mesa do consumidor.
“Isto é uma mais-valia porque o consumidor sabe de onde os produtos vêm. Tem a consciência de que serão biológicos. São pequenos produtores que produzem em pequena escala. Este é o seu excesso de produção que disponibilizam ao consumidor. É uma relação de confiança entre consumidor e produtor, para o próprio consumidor ir visitar as explorações destes produtores e verificar como é que estão a produzir e como os alimentos chegam a sua casa. Criam riqueza, é um complemento de rendimento para poderem fazer outras coisas, outras plantações para poderem também alargar as suas produções.”
Duarte Moreno realça ainda que o Mercado Municipal é o espaço ideal para acolher este projeto, que visa a sua dinamização.
“O local elegido foi o Mercado Municipal porque é um espaço para estes produtores, para este género de vendas e também para utilizar espaços que estão fechados. Esta é uma forma de dinamizar um espaço que precisa de dinamização, tal como nos sábados que temos o mercado de Feira Franca. É para dinamizar, para as pessoas se deslocarem lá, comprem lá o melhor que há no nosso concelho.”
Macedo de Cavaleiros é o primeiro município a abrir as portas ao projeto Prove, Promover e Vender produtos agrícolas, na região da Terra Quente e em breve dará os primeiros passos no concelho de Alfândega da Fé.
As encomendas podem ser feitas através do site – www.prove.com.pt ou no site da Câmara Municipal.
O Núcleo de Macedo de Cavaleiros está aberto, apenas às quintas-feiras, das 15h às 19h.
Escrito por Onda Livre