O Grupo Desportivo Macedense precisa de quebrar o enguiço e iniciar um novo e renovado ciclo de resultados.
Nos horizontes deste novo ano poderá estar uma viragem mais competitiva e vitoriosa e com a qual o emblema habituou os macedenses na época transata.
Ainda sem vitórias, o técnico, Costinha, expressa que esta pausa poderá refletir-se de forma positiva no espírito competitivo dos seus jogadores.
“É difícil fazer pior, em termos de resultados, do que o que já foi feito. Comparando com o ano passado foi uma época que, em termos de resultados, trouxe algumas derrotas (uma para a Taça, outra com o Rio Ave), o Macedense não conseguiu ganhar e foram derrotas com números expressivos, lembro-me que na altura duas derrotas com mais de oito golos de diferença. Este ano houve algumas mexidas na equipa. A equipa é completamente diferente, lutam por objetivos diferentes. Acho que foi benéfico para os atletas se abstraírem um pouco do processo competitivo, para adquirirem força. Procurarem algum ânimo em termos pessoais para que agora possa ser canalizado para a época competitiva, que venham com o espírito mais forte para conseguirem mais sucessos. Vamos procurar subir um pouco na tabela classificativa.”
A formação de Futsal é lanterna vermelha da 2ª Divisão Nacional, com apenas dois pontos amealhados.
Costinha reafirma a confiança que deposita no seu coletivo, enaltece a qualidade dos atletas e acredita que doravante melhores ventos podem soprar.
“O nosso papel nunca pode ser isolado de época para época. Nós sabemos que nos clubes amadores tem muito haver como corre o início da época, a preparação, a organização da equipa. O conjunto de jogadores que conseguimos reunir não é estável porque os jogadores não são remunerados, logo, como amadores são livres de circular entre clubes e fazer as suas opções. Assim, é muito difícil criar estabilidade nos grupos. Este ano o grupo é completamente diferente do ano passado, muito mais jovens, muito menos experiente, mas também com a sua ambição, qualidade. Esperamos que agora continuem a evoluir com o trabalho e que esta segunda fase seja completamente diferente da primeira.”
António e Renato são duas novas apostas do clube que já integram os treinos da equipa.
“O António, capitão dos juniores no ano passado, foi tirar um curso fora mas já regressou, está a trabalhar há cerca de um mês com o grupo de trabalho. O Renato, um atleta das camadas jovens de Mirandela esteve no estrangeiro e regressou agora, pediu para treinar. É um atleta muito interessante, está-se a adaptar, já jogou frente ao Cohaemato. Esperamos que continue o processo e a motivação, até porque ele é um jovem, tem 20 anos, tem uma margem enorme de progressão. Vamos constituindo a equipa com estes atletas, uma equipa não só para o presente mas também para o futuro.”
O objetivo para esta época passa pela manutenção e apesar do último ligar, Costinha acredita que é possível assegurar a permanência na II Divisão Nacional.
Pela frente tem ainda um longo caminho e a possibilidade de mostrar o que valem.
“Nós sabemos que seja qual for o resultado final desta época, o clube vive de experiencias positivas e negativas. Todos os anos é preciso melhorar, promover para que os resultados no ano a seguir sejam melhores. Estamos a preparar uma equipa nova. Eu acredito que pelo desempenho que os atletas tem tido, pela evolução, que nesta época é perfeitamente possível e alcançável o objetivo da manutenção. Há muito trabalho pela frente, muita coisa a melhorar, muitos aspetos a corrigir. Enquanto for matematicamente possível, é a nossa ambição, nunca desistimos. Já aconteceu estarmos em situações bem mais delicadas que a atual e conseguirmos os nossos objetivos. Lembro-me num ano em que tivemos uma reorganização da equipa, uma equipa muito jovem também, no ano anterior há subida da III para a II Divisão. Estávamos a lutar pela manutenção na III divisão, estávamos muito mal classificados, depois tivemos em nove jogos oito vitórias. Conseguimos ficar a dois pontos da subida. Sabemos que no futsal a motivação conta, em qualquer desporto. Com vitórias os jogadores soltam-se, tem positividade, desinibem-se, o jogo coletivo começa a fluir melhor.”
Trabalho e capacidade de concretização de golo é a poção mágica que está a faltar ao GDM.
“Não é possível termos jogos consecutivos (como já tivemos) de atirar bolas aos postes, acredito que algumas dessas bolas vão começar a entrar. Não é só azar mandar bolas para fora ou ao poste. Temos que melhorar a nossa eficácia em termos de finalização, se calhar não é só azar, talvez seja falta de concentração ou falta de convicção para finalizar jogadas. Há jogadores que falham menos que outros, e se calhar nem são os melhores, mas tem aquilo que se chama faro de golo. Está nos a faltar alguém que surja nesta equipa, em futsal não há só um jogador, mas que aparecem jogadores concretizadores e que em algumas, das inúmeras situações que criamos, surjam golos. Sabemos que com o trabalho isso é uma questão de tempo. Esperemos que seja já no próximo jogo que a equipa comece a ganhar confiança e motivação com uma vitória.”
O Grupo Desportivo Macedense vive atualmente no último lugar da tabela classificativa, com dois pontos, soma sete derrotas e dois empates, 27 golos apontados contra 52 sofridos.
Este sábado recebe o Mata para a Jornada 10.
Escrito por Onda Livre