Avião partiu há três meses e não há perspetivas de regresso

A carreira aérea entre Bragança e Lisboa foi suspensa há três meses e ainda não há perspectivas de retoma.

O primeiro-ministro, Passos Coelho, prometeu, em Janeiro passado, aos autarcas de Bragança e Vila Real, publicitar no mês passado em Diário da República as condições de subvenção para que eventuais operadores interessados pudessem certificar-se junto do INAC, o que acabou por não acontecer.

Agora o deputado do PS, Mota Andrade, diz que não acredita no regresso do avião com este Governo no poder.

“Não acredito que haja de novo com este Governo carreiras aéreas entre Bragança e Lisboa. Com todo o custo que isso traz para a nossa região. O avião foi retirado por poupança de uns tostões. Há verbas comunitárias para apoiar este tipo de carreira. O Governo não quis ouvir o Partido Socialista, nem os deputados sobre esta matéria”, lamenta o deputado.

Mota Andrade lança ainda a hipótese de o Governo abrir um concurso para ficar bem na fotografia em ano de eleições autárquicas, com a certeza de que irá ficar deserto.

“Não vai haver seguramente nenhum operador que invista e que concretize a realização desta carreira nessas condições. Eu temo que a realização deste concurso não passe de um flop e de um show off para em função das eleições se diga que se fez tudo para a carreira existir e só não existe porque não houve operador”, realça Mota Andrade.

O deputado Mota Andrade a acusar o Governo de não ter intenções de retomar a carreira aérea Bragança – Vila Real- Lisboa, três meses depois da suspensão deste serviço.