Idosos de Lagoa recebem diplomas de participação em aulas de Tecnologias de Informação

 

Quinze idosos da aldeia de Lagoa receberam ontem os diplomas de participação nas sessões de Tecnologias de Informação e Comunicação.

A formação que teve início em Outubro realizou-se uma vez por semana e teve a duração de 27 horas.

De diploma na mão, os formandos, com idades a rondar os 60 anos, valorizam a iniciativa pela aprendizagem e pela descoberta do que é utilizar um computador.

 

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“Vi as pessoas da minha idade aderir e eu experimentei. Gostei muito, aprendi muita coisa. As novas tecnologias são boas”, diz Isabel Castro.

“Já tinha tido uma experiência deste género à noite e gostei mas esqueci-me de quase tudo então recomecei e melhorei um bocadinho. Havia coisas que já me tinha esquecido completamente”, refere Maria Nunes.

 

Maria Nunes diz que a internet não é um bicho-de-sete-cabeças e promete continuar a utilizar o computador para não desaprender.

José Rosa enaltece a aprendizagem que conseguiu, mas diz que as aulas foram insuficientes e sugere mais sessões de formação de Tecnologias de Informação.

 

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“Acho ótimo. Só aprendi agora a mexer na internet, vi que é fácil, não é um bicho de sete-cabeças. Vou continuar porque se não esqueço-me.”

“Para a aprender, para sair um pouco do anonimato. Quis aprender alguma coisa, algumas coisas que aprendi no espaço de 15 dias/um mês acabei por esquecer. Nunca é tarde para aprender e logo que haja outra oportunidade com certeza que vou aproveitá-la. Estas oportunidades são muito boas mas deviam ser mais acessíveis.”

 

E porque nunca é tarde para aprender, vice-presidente da câmara municipal de Macedo de Cavaleiros, Duarte Moreno sustenta que é sempre hora de contactar com o mundo global e usufruir das mais recentes tecnologias.

 

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“As pessoas adoraram e estão muito empenhadas em saber escrever para os familiares. Quando os nossos governos pensam que toda a gente já sabe enviar o seu IRS por Internet não é verdade, nem podemos marcar uma consulta por Internet  Talvez estas pessoas com algumas dicas que aqui receberam, embora poucas porque o tempo também foi curto, já consigam fazê-lo e ensina-lo a outras. Nunca é tarde para aprender e aprender até morrer que é o proverbio mais conhecido que temos.”

 

Sob a temática, Formação para a População Idosa e Comunidade foram diversas as temáticas levadas até aos idosos.

 

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“Tiveram módulos de segurança sénior, onde aprenderam como poderiam ser burladas porque hoje em dia é muito complicado e estas pessoas estão desprotegidas. Ouvimos alguém dizer que aprendeu a ter sempre a porta fechada. Já foi útil terem vindo fazer esse módulo. Na área da saúde houve uma sensibilização para comprarem os bens que são mais favoráveis para a sua alimentação, como podiam fazer ginástica, etc. Aprenderam também a preencher o IRS que é agora obrigatório a toda a gente. Nas tecnologias da informação, colocar as pessoas a trabalhar com os computadores para que amanha ou passado possam falar com os seus familiares que estão longe.”

 

O formador, Manuel Fernandes realça o maior obstáculo é o receio que os idosos tem em mexer e estragar, mas destaca que foram bons alunos.

 

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“Principalmente medo de estragar o computador, de mexer, acho que esse foi o principal obstáculo que se encontra a dar formação nestas idades porque uma criança faz e não pensa nas consequências e aqui não, talvez por aí seja mais complicado. Ultrapassado esse obstáculo é sempre andar para a frente. Foram super bons alunos, depois de perder o medo de mexer são muito curiosos, querem mexer cada vez mais, anseiam pela informação. Hoje em dia as tecnologias estão cada vez mais diversificadas e para eles terem noção da realidade virtual, falando da internet, torna-se complicado explicar esse conceito. Adquiridos os conhecimentos básicos as coisas fluem naturalmente.”

 

Uma iniciativa promovida pela Rede Social de Macedo de Cavaleiros que envolveu o Município, a GNR, a Associação de Diabéticos e o Centro de Saúde.

 

Escrito por Onda Livre

 

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