O PSD de Alfândega da Fé acusa a câmara municipal de ter aumentado o passivo em sete milhões de euros em quatro anos.
O presidente da concelhia, Artur Aragão, baseia-se no relatório de contas de 2009 a 2012 para apontar o dedo ao executivo.
“Se em 2009 o passivo ronda de 16,7 milhões de euros e subiu para 23,8 milhões estamos a falar numa diferença de 7,1 milhões”, refere o social-democrata. “O Executivo PS falhou na promessa que fez de resolver a situação financeira do município e prova disso é que recorreu a um plano de saneamento financeiro, a um plano de aditamento financeiro, que não lhe foi aprovado pelo Tribunal de Contas e agora teve de recorrer ao Plano de Apoio à Economia Local e a um plano de reequilíbrio financeiro”, afirma, acrescentando que “para quem tem de recorrer a um plano de reequilíbrio financeiro é porque não conseguiu resolver os problemas que o município tinha”.
A presidente da câmara diz que isso não é verdade e explica que “se olharmos para a rubrica de Provisão para Riscos e Encargos nunca aí foi colocado qualquer valor e nos Acréscimos e Deferimentos, onde colocamos o dinheiro que temos a receber dos fundos comunitários, não é uma dívida mas faz parte do passivo”.
Berta Nunes acrescenta que quando chegou à câmara em 2009 “a dívida registada era inferior mas mais de três milhões não estavam registados. Descobrimos muitas facturas na contabilidade que não estavam registadas por não haver cabimento”. Esta dívida foi alvo de um saneamento financeiro e depois disso ainda apareceram mais 700 mil euros por pagar. Em comunicado, a câmara diz que a dívida real tem vindo a diminuir.
De 2011 para 2012 já reduziu 626 mil euros, sendo que também já se conseguiu amortizar mais de um milhão de euros em relação à dívida das empresas municipais. Além disso, a autarquia ainda poderá vir a pagar cerca de um milhão de euros relativos a processos em tribunal herdados do anterior executivo, caso seja condenada.
Escrito por Brigantia (CIR)