O helicóptero do INEM pode sair de Macedo de Cavaleiros a qualquer momento.
O alerta é do presidente da Distrital do PSD, depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter rejeitado a providência cautelar interposta pelos autarcas.
José Silvano diz que a nova acção popular que os presidentes de Câmara querem interpor pode não ser suficiente para travar a saída do meio aéreo de emergência do distrito de Bragança.
“Esgotado esse processo judicial voltamos ao início, há um ano atrás. Portanto só se pode combater da mesma forma, com contestação pública na rua. Só que agora a decisão está tomada e o problema é se o helicóptero sai a qualquer hora de Macedo de Cavaleiros, porque não há mais nada que o impeça em termos de suspensão. Mesmo o novo mecanismo da acção popular que possam interpor não vejo ali efeitos suspensivos, o que quer dizer que em qualquer dia o helicóptero pode sair, independentemente das manifestações que possa haver”, alerta José Silvano.
O presidente da distrital do Partido Socialista também teme que a aeronave seja deslocalizada para Vila Real. Jorge Gomes diz mesmo que a saída do helicóptero de Macedo de Cavaleiros é um mero capricho do governo. “Conseguiu-se manter o helicóptero através das providências cautelares e durante esse período o helicóptero operou a partir de Macedo, é o helicóptero do País que tem mais saídas, que tem maior eficácia e no local onde está não teve nenhuma falha de prestação de serviço, o que quer dizer que estar em Macedo ou em Vila Real é uma questão de capricho”, sublinha Jorge Gomes.
Por isso, o líder do PSD ainda tem esperança que a nova presidente do INEM recue na decisão de levar o helicóptero para Vila Real.“Eu espero que a nova presidente do INEM, que tem a decisão cumprida que é só um helicóptero para toda a região Norte, e se deu resposta nesse local, porque é que há-de mudar de sítio?”, questiona o líder do PSD.
Já o líder socialista Jorge Gomes diz mesmo que se o meio aéreo for para o distrito vizinho pode não ter autonomia para socorrer uma pessoa que esteja, por exemplo, em Miranda do Douro. “O que nos interessa é que o tempo de deslocação do helicóptero ao local onde se torna necessário fazer a intervenção seja o mais próximo possível e Macedo prova que é. Nós sabemos bem que um helicóptero vir de Macedo a Bragança ou de Vila Real a Bragança é metade do tempo. E mais nós não sabemos se o helicóptero estando em Vila Real o seu raio de acção lhe permite chegar a Miranda do Douro, o que quer dizer que com o helicóptero em Vila Real podemos ficar com zonas sem assistência, por causa da autonomia do aparelho”, realça Jorge Gomes.
As posições dos líderes distritais do PS e do PSD sobre a possível deslocalização do helicóptero do INEM para Vila Real.
Escrito por Brigantia (CIR)