Maria de Belém visitou esta manhã Macedo de Cavaleiros, já em modo de pré-campanha, onde aproveitou para convidar o provedor da Santa Casa da Misericórdia do concelho para mandatário social do distrito.
O pedido foi feito no início da visita, justamente na Santa Casa da Misericórdia, onde a candidata à presidência da República passou cerca de uma hora esta segunda-feira.
“Acho que o senhor Castanheira Pinto tem um percurso que é conhecido. É uma pessoa que se dedica há longos anos a causas sociais numa das zonas mais difíceis do país. Sabemos que todo o interior do país tem problemas sociais, são territórios fracamente povoados onde se verifica um grande envelhecimento da população e o Nordeste Transmontano acrescenta também a essas caraterísticas que são gerais, com condições climatéricas muito adversas. E, portanto, ao fim ao cabo isto significa também distinguir uma pessoa que tem dedicado a sua vida a lutar pela melhoria das condições daqueles que são mais frágeis. A obra é conhecida e reconhecida.”
Alfredo Castanheira Pinto aceitou de imediato, ser a “campainha de alerta” caso Maria de Belém seja eleita, nesta que, garante, é a primeira candidatura política que apoia publicamente. O provedor elenca ainda algumas debilidades do concelho, no que chama de “pobreza envergonhada”.
“Eu serei a campainha a sinalizar tudo aquilo que julgo que está mal para se por bem e o que está bem para se por cada vez melhor.
Há muita coisa que está mal e deveria mudar. Muita gente com fome e que não tem o que comer e muitas vezes não procuram por isso porque é uma pobreza envergonhada e há muita gente em Macedo nessa situação e se nos procurassem teríamos solução para eles.
Estamos a dar apoio a uma dúzia de famílias que representam 56 refeições por dia, e poderíamos dar a muitas mais.
Eu posso dizer que já tivemos protocolo para 100, nunca as chegamos a ter, ficando o número nos 56. Isto só mostra que em Macedo não há pobreza mas há.”
Maria de Belém deixou a promessa de olhar de forma atenta para o nordeste transmontano.
“É importante que tenhamos respostas ajustadas ao país na sua diversidade e não aquelas que são concebidas, muitas vezes, ao arrepio do conhecimento da realidade.
Eu conheço o país profundamente, mas o facto de o conhecer não quer dizer que o esqueça deixando de o visitar. Pelo contrário, visito para conhecê-lo ainda melhor, para contactar as pessoas que me podem dizer como se vive aqui e o que é preciso fazer para que se viva melhor.
Sabemos que as sociedades não são perfeitas, mas todos temos o dever de fazer com que elas sejam melhores do que são. E temos também o dever de empenhar a nossa vida no sentido de, quando a deixarmos de ter, termos deixado para trás de nós uma sociedade melhor.”
Depois, Maria de Belém seguiu para o Hospital de Macedo de Cavaleiros, para conhecer os serviços classificados com o Grau de Excelência Clínica – Ortopedia e AVC.
A caravana segue para Alfândega da Fé, com passagem marcada pela Associação Leque e a Cooperativa Agrícola. Está previsto também um convívio nas ruas com a população.
Escrito por ONDA LIVRE