Falta de água constante no verão continua a preocupar olivicultores

Falta de água constante no verão continua a preocupar olivicultores

Se a água faltar durante o verão, pode comprometer a colheita de azeitona quase na totalidade. Esta é a questão que mais tem preocupado os produtores de oliveira na região transmontana, efeito que pode ser minimizado se for feito um uso racional dos terrenos para regadio, como explica Luís Correia, engenheiro da Associação CERTIS, empresa de controlo e certificação dos produtores no âmbito da produção integrada.

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“As principais queixas dos produtores surgem durante o período estival, pela falta de água. A seca, como aconteceu no ano passado, como comprometer quase toda a cultura de alguns anos.

Em Trás-os-Montes, mesmo em zona de regadios, os agricultores ainda não estão sensibilizados o suficiente para passarem a fazer uso deles, e passarem de sequeiro a regadio.”

Em crescente na região tem estado a implementação da cultura biológica da oliveira, uma forma de produção que exige uma postura e consciência diferentes por parte do agricultor.

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“Este ano, houve uma grande adesão, que tem vindo a ser constante, até ajudados pelas medidas agro-ambientais.

O agricultor biológico deve ter uma forma de olhar para os alimentos diferente da agricultor convencional. Não só porque não pode usar produtos de síntese. É uma forma diferente de estar, de olhar para os alimentos e para a agricultura.”

O assunto esteve em destaque ontem na sessão de esclarecimento sobre o cultivo da oliveira, componente da Feira AgroCaça que aconteceu pela primeira vez na aldeia de Limãos.

Mais uma aposta no setor cinegético no concelho, onde o objetivo é, não só dinamizar o atividade da caça na região, mas também expor e vender os produtos da terra, como explica José Sarmento, Secretário da Junta de Freguesia de Salselas e Limãos.

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“Quisemos aproveitar a excelente mancha que temos para a caça, e a dinamização que a caça já tem, para a transportar para a aldeia.

Os produtores que estiveram presentes conseguiram escoar o stock que tinham, por isso, para um primeiro ano, está a correr muito bem.”

A compor a feira estiveram 12 expositores, com produtos que foram desde a gastronomia ao artesanato.  Uma mais-valia para os produtores mas também para os visitantes, como refere Duarte Moreno, presidente do município macedense.

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“Os expositores dizem que vai correndo bem, e acho que estão contentes.

Penso que é positivo. Onda haja uma montaria, deveria haver uma mostra destas, de produtos regionais, para que quem visita possa conhecer e levar.”

O certame teve lugar no passado sábado e domingo, e contou, entre outras, com uma montaria, um leilão, sessões de esclarecimento e animação musical.

Escrito por ONDA LIVRE

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