José Silvano e Adão Silva não concordam com a ida de médicos transmontanos para o Algarve

Quem não fica convencido com estas deslocações de dois médicos ortopedistas e um anestesista (em regime rotativo) para o Algarve são os deputados do PSD eleitos pelo distrito de Bragança, que ainda ontem questionaram o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, sobre esta matéria.

José Silvano não entende porque é que são os médicos transmontanos a deslocarem-se para o Algarve, numa época do ano em que também a população da região aumenta.

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“Nós não percebemos, e por isso perguntámos ao Governo, quais as razões objectivas por que fez esta transferência de médicos, dois ortopedistas e um anestesista, para o Algarve, durante o período de Verão, quando o interior do país, nomeadamente o distrito de Bragança, é nos meses de julho. agosto e setembro, que tem quase o dobro da população, com a vinda dos nossos emigrantes, de muitos migrantes que estão nas grandes cidades e que voltam ao seu local de origem, e com muitos turistas que também nos visitam.

Porque que é que as razões que fundamentaram a ida de médicos para o Algarve são as mesmas que nós precisamos em Bragança? Nós também precisamos de mais médicos neste período.

Não entendemos porque partem de Bragança, e não de hospitais centrais, como Porto, Lisboa, Coimbra, ou Braga, que por norma nesta atura até ficam com menos gente, e que por isso mais facilmente poderiam dispensar médicos.”

A realidade é que a lei permite e prevê a mobilidade de médicos, sem que para isso exista qualquer obrigatoriedade imposta pelo Governo. O decreto-lei que homologa e regulamenta a mobilidade de médico data de maio de 2015, aprovado na anterior legislatura, e estipula incentivos para os profissionais que se mostrem disponíveis para colaborar em zonas geográficas carenciadas.

Estas deslocações precisam da apreciação prévia de entidades como a Administração Regional de Saúde do Norte, para que se garanta que a saída temporária de profissionais não vai afetar o serviço de origem. Ontem em comunicado, dizia a instituição sobre o serviço de Ortopedia de Macedo de Cavaleiros que “ a lista de espera na especialidade (…) está devidamente controlada, não existindo sequer, nesta data, a emissão de nenhum vale cirúrgico e, por outro, que os tempos máximos de resposta garantida estão assegurados.”

 

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Escrito por ONDA LIVRE