Mais de 55 mil pessoas, a superar os números do ano passado, e 180 expositores empresariais dos mais variados setores.
Assim se compõe o São Pedro 2017, aberto oficialmente ao final desta tarde.
E é preciso apelar ao “bairrismo” macedense para rentabilizar cada vez mais este evento, com a participação de todos, apelou Duarte Moreno, autarca local e presidente da Comissão de Festas e Feira de São Pedro.
Queremos que Macedo puxe o seu bairrismo, e que todos se dediquem à mesma causa. Não estamos cada um a puxar numa ponta do baraço para ver quem ganha. Ou nos unimos todos em torno de um objetivo, que é trazer o máximo de pessoas que pudermos para rentabilizar os nossos negócios, tanto aqueles que estão aqui neste recinto como fora dele.
Foi isso que pedi no meu discurso, que a Associação (Comercial) não queira organizar uma coisa que não conseguiu nos últimos anos fazê-lo, e por isso tivemos que nos juntar à organização.
É um convite para que as associações se juntem e que sejam elas a dignificar o São Pedro ou outras atividades que queiram. Os eventos têm que ser auto-sustentáveis. Sabemos que na região deprimida em que estamos, como dizem todos aqueles que falam sobre as nossas regiões, se as câmaras municipais não existissem não existia nada. Por isso estamos nós na frente, e o Estado não está. Os grupos de associação deveriam ser eles, os comerciantes, a organizar, como disse o senhor presidente da Associação, mas com o fundo de maneio inerentes para fazer face à festa e à feira.
O certame que acontece há 34 anos. O segredo para manter um dos maiores eventos em toda a região tem sido a resiliência.
O segredo é a resiliência. Não abandonamos. Obviamente que já tivemos dias maus, dias muito bons, e agora está a começar outra vez a crescer para ter dias bons. É esta resiliência, dos macedenses e daqueles que estão à frente das organizações.
Estamos à espera de um número maior de visitantes do que no ano passado. Tivemos em 2016 55 mil pessoas. Estamos à espera que haja um número muito maior. A venda de bilhetes está a correr muito bem, quer online quer nos outros locais de venda.
A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Macedo de Cavaleiros tem a seu cargo a organização da feira empresarial. São 180 expositores, 30 do concelho, e é preciso, também na opinião do presidente da associação, Rui Fernandes, além de apostar na localização geográfica estratégica, estimular a união entre todos os agentes.
Falta, primeiro, união, que vai ser, presumo, sempre providenciada pelo município e pela Associação Comercial, pelos vários organismos que lidam com a indústria e com os serviços, que são o motor da economia. Vamos esperar que isso aconteça.
Falta a captação de grandes empresas. Estamos mais longe do centro do país, dos grandes meios e do litoral, mas temos que ver na perspectiva em que estamos mais perto da Europa. E por isso podemos aproveitar perfeitamente a nossa localização geográfica, tanto em relação à Europa como em relação ao nordeste transmontano, para reafirmar Macedo de Cavaleiros como um eixo fulcral do comércio e da indústria.
Temos hoje criada uma zona industrial estrategicamente colocada e com condições para progredir e para fixar empresas. Temos hoje Macedo de Cavaleiros com um número muito grande de casas por ocupar derivado a não termos hoje o ensino superior, o que permitirá com facilidade a fixação de famílias nesta localidade. Temos as condições criadas para que Macedo possa crescer a nível empresarial, industrial e de serviços. É isto que esperamos poder fazer, em articulação com as forças locais.
No recinto, não caberiam mais expositores, e por isso o número de empresários presentes vai ao encontro das expectativas. A feira, propriamente dita, continua a evoluir.
Temos a nível de expositores, propriamente ditos, 180. Há espaços maiores, mais consagrados, com mais qualidade. Há empresas a comprar 6 módulos para vir para este certame porque reconhecem no cartaz, no modelo, na organização, o mérito para poderem investir mais.
O número corresponde às nossas expectativas, porque o recinto ‘rebenta pelas costuras’. Porque está composto, e há muito anos que não víamos a feira a progredir assim. O ano passado foi bom, este ano acho que é melhor ainda. Temos um parque exterior repleto. Tudo que são agentes do comércio do ramo automóvel estão presentes, e é umas das coisas mais interessantes que temos. O setor agrícola muito bem representado também. Tivemos solicitações para o exterior infindáveis, às quais não conseguimos responder.
Avançou-se ainda que há já diligências para atrair mais empresários locais, para que para o ano possam representar 50% dos expositores. E pode vir a avizinhar-se mesmo uma remodelação do espaço do Parque Municipal de Exposições, sem data definida.
A tudo isto, junta-se o cartaz musical e as “noites loucas”, que prolongam a festa no centro da cidade.
Escrito por ONDA LIVRE