Trás-os-Montes e Alto Douro sem dinheiro comunitário para investir nas florestas

Apenas 6 em 234 candidaturas foram aceites, em toda a zona Norte do país, e nenhuma delas é na região transmontana e alto-duriense: São os números finais dos projetos entregues à operação “Melhoria da Resiliência e do Valor Ambiental das Florestas”, inserida no PDR 2020.

Os dados são revelados por 8 associações transmontanas ligadas ao setor, que reuniram recentemente em Murça. Consideram esta situação “inaceitável”, e mostram desagrado por a região Norte ficar “mais uma vez sem apoios ao investimento na melhoria e salvaguarda da sua floresta”. Salientam ainda que as 6 candidaturas aprovadas somam o valor de 475 mil euros, o que consideram baixo. De acordo com a portaria que regula esta operação, no total, e a contar com cumulações, os apoios previstos podem chegar a um máximo de 2 milhões e meio por projeto.

Pedem ainda à tutela, concretamente ao Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos “a imediata apreciação da situação e medidas no sentido de a corrigir e, principalmente, permitir que as candidaturas da região Norte, representando intenções de investimento de quase 22 milhões de euros, se venham (…) concretizar”.

As organizações de proprietários florestais de Trás-os-Montes e Alto Douro que participaram nesta reunião foram a Associação Florestal do Vale do Douro Norte (AFLODOUNORTE), a Associação dos Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro (APPITAD), a Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana (ARBOREA), o Centro de Gestão Agrícola Terra Viva, o Centro de Gestão da Empresa Agrícola do Marão, o Centro de Gestão da Empresa Agrícola do Vale do Tua, a IbericAgroflorest e a Silvidouro. Juntas, consideram ainda que “politicamente é incompreensível” que se permita “uma gestão do programa de incentivos ao investimento na floresta a produzir resultados tão absurdos pelo desequilíbrio territorial que manifestam”.

Escrito por ONDA LIVRE