ULSN regista adesão à greve dos médicos na ordem dos 30 %

Os médicos da zona Norte estiveram ontem em greve. Depois de Maio deste ano, altura em que se deu o último protesto que procurava a alteração de condições de trabalho deste setor, os sindicatos dos médicos queixam-se que nada foi feito e é necessária uma nova paragem dos serviços.

Jorge Roque da Cunha, Secretário-Geral do Sindicato Independente dos Médicos, diz os motivos que levaram a esta paralisação.

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“Que seja reposto aquilo que nos foi retirado durante a troika. Neste momento não estamos a falar de salários, estamos a exigir que o número de utentes por médico de família diminua de uma forma progressiva não pondo em causa, naturalmente, a cobertura nacional necessária de todos os seus utentes. Das 18h de urgência que os médicos são obrigados a fazer passar para 12h para que nessas 6h possam fazer cirurgias e consultas programadas e numa palavra a reposição do valor hora que foi subnegado na altura da troika, que nem sequer 3 anos depois da saída limpa e do final da austeridade isso ocorreu. Portanto, na prática desta vez estamos a exigir melhores condições de trabalho.”

 

Outro objetivo desta greve é direcionado para os recém-formados que são contratados cada vez mais tarde.

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“Também a necessidade de contratação de médicos que há cerca de 6 meses acabaram a sua especialidade e o Ministério da Saúde não os quer contratar e por isso, com esta nossa atitude, que junto dos utentes causa, naturalmente, alguma perturbação é no sentido de solidificar o Serviço Nacional de Saúde.”

 

Admitindo a dificuldade que os médicos têm em realizar greves, o sindicalista diz que só exigem aquilo que lhes foi anteriormente prometido.

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“As greves para um médico são sempre difíceis de fazer. Os nossos doentes não desaparecem, sabem bem quem gosta deles e que quem os acompanha somos nós e uma vez que não os vamos ver hoje, nestes próximos dias teremos de reprogramar. Naturalmente que nós esperamos que o Ministério da Saúde e os partidos que apoiam, nomeadamente o Partido Socialista, o Partido Comunista, o Bloco de Esquerda e o Partido Ecologista Aos Verdes tenham atenção que aquilo que nós estamos a solicitar é tão simplesmente aquilo que foi prometido, que é reverter, é o que tem de ser aplicado aos médicos.”

No geral, a ULS teve uma adesão de 30% durante toda a manhã nos 3 hospitais com todas as cirurgias a serem canceladas. À tarde já se realizaram duas a doentes oncológicos, segundo dados da Delegação do Sindicato dos Médicos do Norte.

 

Escrito por ONDA LIVRE