Há cada vez mais jovens com interesse em praticar basquetebol e a maioria são mulheres.
Conclusões de Paulo Lopes, treinador das equipas de sub 14 e sub 19 de basquetebol do Grupo Desportivo Macedense, que apesar deste ano ter um número inferior de praticantes do que no ano passado, considera que é uma modalidade em crescimento.
“Sim, este ano não temos tantos atletas como tínhamos o ano passado porque também vão saindo. Nós começámos com um escalão mais velho e depois é que começámos a formar os minis e as sub-14, logo elas vão saindo todos os anos para a universidade que é um dos problemas que temos aqui no interior relativamente às camadas de formação mas que capta sempre. A nível feminino pelo menos agora tem estado a captar. É um desporto bastante exigente e completo, é diferente e talvez dos mais completos que há. Trabalha braços, pernas, tronco, a nível de força, agilidade. É muito cardio, é preciso correr muito, chamamos a atenção a esses fatores porque é um excelente desporto para qualquer jovem para tomar gosto pela atividade física.”
Neste momento, o Desportivo Macedense não tem escalões masculinos na modalidade de basquetebol, o que, segundo o treinador, já foi solicitado por alguns mas ainda não se conseguiu atingir o número mínimo para formar equipa.
“O masculino já nos foi solicitado, nós dizemos sempre aos jovens que tentem arranjar no mínimo dez para podermos treinar. É preciso também termos uma estrutura técnica mais ampla porque há a obrigatoriedade de termos treinadores formados para podermos competir mas ainda não nos apareceu esses dez atletas que queiram jogar. De vez em quando temos alguns masculinos que nos pedem para treinar e nós abrimos as portas, deixamos treinar com bom grado.”
Na modalidade de basquetebol em Macedo de Cavaleiros, há ainda duas equipas de minis, onde jogam as atletas com idades inferiores a 12 e 10 anos.
Nesta altura o campeonato regional já vai a meio assim como as posição da equipa sub 19 na tabela de classificações.
Já no sub 14, Macedo tem a equipa mais jovem a competir no escalão, e embora este ano ainda não tenham conseguido alcançar vitórias, o treinador diz que ainda há muito trabalho a fazer de forma a que, no futuro, possam mesmo vir a ser campeãs na modalidade.
“A nossa equipa, a de sub-14 é a equipa mais jovem da competição. É uma equipa que tem jogadores de 10 anos a competir com jogadores de 13 anos. Nestas idades nota-se muito a diferença a nível físico. É uma questão de trabalho, de empenho delas. As miúdas têm vontade, é um grupo engraçado, amigo, acima de tudo estão a trabalhar bem. Ainda são muito novas, é preciso criar nelas uma cultura desportiva e que não é de um dia para o outro que os jovens têm. Estamos a tentar transmitir-lhe esses valores, esses conceitos que se transmitem nos grupos coletivos.
Daqui a dois anos lutar pelo campeonato.
No sub-19 estamos a meio da tabela. Embora sejamos a equipa mais inexperiente de todas as outras equipas que acabam por ter mais historial e outras jogadoras já tivemos vitórias. Na pré-época chegámos a ganhar ao segundo classificado. Podíamos ter melhores resultados, às vezes a experiência joga nestas competições. Era bom podermos ganhar os jogos que faltam e ficarmos em primeiro.”
Andrea Carlos é capitã de equipa das sub 19, diz que o gosto pela modalidade surgiu por brincadeira mas rapidamente se tornou numa paixão.
“Começou há para aí quatro anos. Começou por uma brincadeira e continuei.
Praticas mais alguma modalidade? Não, só basquet.
É uma paixão? Sim, sem dúvida.
Achas que é um desporto difícil e que exige muito do teu físico? Sim, exige tanto físico como psicológico mas temos as recompensas, por isso.
Para este campeonato estás com boas expetativas? Sim, acho que a equipa trabalhou muito; somos uma equipa recente mas estamos prontas para lutar.”
Por sua vez, Leonor Rodrigues que joga pelas sub 14, diz que os treinos e jogos têm sido uma aprendizagem para, quem sabe, no futuro, serem até jogadoras profissionais de basquetebol.
“Só comecei o ano passado.
Mas achas que é difícil? Não, joga-se bem, não é um desporto que tenha muita dificuldade em jogar, se vimos para aqui é para aprender e jogar bem; quando formos grandes nunca sabe se podermos ser jogadoras. Para emagrecer um bocadinho também.
E para este campeonato tens boas expetativas? Estás confiante? Eu estou e espero que a minha equipa também esteja.”
Devido às obras no Pavilhão Municipal de Macedo, os jogos têm acontecido até agora em Bragança, situação que o treinador espera ver alterada já esta semana com a finalização das adaptações das Naves do Parque Municipal de Exposições para o efeito.
O próximo jogo já deve acontecer em casa, no próximo sábado, dia 25 de Novembro.
Escrito por ONDA LIVRE