Mais de uma centena de pessoas marcaram presença na primeira marcha LGBT em Bragança

No sábado, Bragança foi palco da primeira marcha LGBT que representa a comunidade Lésbica, Gay, Bissexual, Travesti, Transexual e Transgénero. Esta manifestação contou com uma centena e meia de participantes do país e de Espanha. De Bragança, a participar na marcha da cidade esteve Joel Pimentel para demonstrar às pessoas que não estão sozinhas.

“Pelo menos para mim trata-se de afirmação, de mostrar às outras pessoas que não estão sozinhas e muitas vezes as pessoas esquecem-se que há mais pessoas como elas. Esta iniciativa é muito importante, é algo que nunca aconteceu aqui.”

Também da vizinha Espanha, Salamanca, Ángel Martin veio dar apoio à comunidade LGBT.

“Dar apoio à Associação LGTB desta pequena cidade, porque acho que é uma zona conservadora como aquela de onde venho: Salamanca. Por isso parece-me importante dar-lhes apoio.” 

Da associação AMPLOS, 3 mães vieram apoiar. AMPLOS-é Associação de pais e mães pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género. Uma delas é Eulália Almeida, Porto que veio prestar o seu testemunho.

“Esta juventude, alguns ainda vêm à marcha com algum receio. Hoje, como mãe, venho aqui dar o meu testemunho porque abri os meus braços e o meu coração ao meu filho que é homossexual. Vir a esta marcha é ajudar esta cidade a sair do armário.”

A CIR falou com algumas pessoas que assistiram à marcha e todas elas concordam com esta manifestação.

“Vim assistir e acho bem que se façam estas coisas em Bragança. Deve defender-se a liberdade de orientação sexual de cada um, porque as pessoas são livres de fazer aquilo que entendem.

Estamos no século XXI, está mais que na hora de deixarmos todos os preconceitos para trás.

Concordo perfeitamente, o importante é sermos felizes. Sou completamente contra o preconceito.”  

Uma das presenças públicas foi José Carlos Malato. A marcha iniciou-se na ESE- Escola Superior de Educação, passou pelas principais ruas da cidade e terminou na Praça da Sé. Para além da liberdade sexual, também foi contestado o veto do Presidente da República à lei da identidade e determinação de género.

A próxima marcha LGBT vai decorrer em Vila Real, já no próximo sábado.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)