Calor: tenha especial atenção a queimas e queimadas

Com o aproximar da época de Verão e a perspetiva de que as temperaturas vão começar a subir, já a partir de hoje, as autoridades locais e nacionais, ligadas à proteção civil, vão passando a informação da necessidade de prevenir algumas práticas que aumentam o risco de incêndios.

Por Mirandela, estão a ser colocados editais e distribuídos folhetos informativos sobre comportamentos de risco a evitar.

A responsável pelo Gabinete Técnico Florestal do Serviço de Proteção Civil Municipal de Mirandela revela que o uso do fogo encontra-se associado a várias práticas agrícolas e florestais que podem e devem ser mudadas.

Sónia Gonçalves esclarece algumas situações que devem ser tidas em conta.

“Estamos a trabalhar em editais e folhetos sobre cuidados a ter com práticas agrícolas envolvendo fogo, isto porque temos situações de queimas e queimadas. Quando falamos em queimas, é queima de sobrantes, ou seja, tem que estar cortado e amontoado, e assim as pessoas podem usar o fogo e fazer a queima; as queimadas é um processo de renovação de pastagem em que não há necessidade de cortar. Estamos a falar em áreas maiores e aí sim, necessitam de autorização do Município e acompanhamento técnico especializado, seja ele pelos bombeiros, sapadores florestais ou técnico credenciado em fogo controlado.”

Diga-se que são vários os casos em que estas atividades se descontrolam e originam grandes incêndios com graves consequências.

Sónia Gonçalves explica ainda que o uso do fogo não é permitido durante o período crítico de incêndios, mas também pode ser alargado a outros períodos.

“Este uso do fogo não é permitido durante o período crítico e a lei 76 veio definir esse período de 1 de julho a 30 de setembro mas que, por despacho do Governo, pode ser alterado. O período crítico pode sofrer essa alteração mediante as condições climáticas e se antes de 1 de julho as temperaturas forem elevadas, então esse data pode ser flexível.”

Ainda a propósito da aproximação da época crítica de incêndios, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, em colaboração com a GNR desenvolveu uma nova aplicação que permite efetuar pedidos de autorização de queimadas extensivas e avaliação de queima de amontoados, bem como simplificar e facilitar o acesso aos pedidos e respetivas respostas.

Com base num conjunto de informação como a perigosidade, a meteorologia e o número de incêndios dos últimos dias, o sistema gera uma reposta que identifica as condições de risco para o dia solicitado.

O sistema informa os seus utilizadores por SMS ou por EMAIL. Este sistema tem ainda uma linha de apoio que permite tirar dúvidas e ajudar a efetuar o registo na aplicação. Este número (808 200 520), associado à linha SOS Ambiente da GNR, é grátis e funciona das 9h às 21h.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Terra Quente)