Enfermeiros em greve devido ao impasse na negociação do acordo coletivo de trabalho

Os associados da Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros iniciaram às zero horas de hoje uma greve nacional de cinco dias em protesto contra o impasse na negociação do acordo coletivo de trabalho, que começou há um ano.

José Correia Azevedo, dirigente da federação – que integra o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem e o Sindicato dos Enfermeiros – explica que as razões do protesto se prendem com o impasse na negociação da proposta do acordo coletivo de trabalho apresentado pelos enfermeiros em agosto de 2017:

“Nós entendemos que o Governo não quer negociar, porque se o quisesse, já tinha assumido o compromisso a que se propôs, sobre o acordo que entregámos em agosto do ano passado, e foi por isso que, minimizámos as lutas. 

Este acordo estaria terminado no fim de setembro de 2017. Estamos em meados de agosto de 2018 e estamos na mesma como a lesma. 
Esta greve destina-se a chamar à atenção, para perceber se querem o nosso acordo, a nossa proposta, que eles já conhecem.”

 José Correia Azevedo diz que se não houver resposta do governo podem seguir-se outras greves:

 “Parece-nos que o Governo está a tentar ganhar tempo, não sabemos para quê, com a finalidade de nos empatar. Estamos dispostos a começar esta greve, à qual se podem seguir outras, para obrigar o Governo a dizer se quer ou não negociar, e é preciso terminar os trabalho. Um ano já é demais.” 

Os enfermeiros pretendem que seja criada uma carreira especial de enfermagem, que integre a categoria de enfermeiro especialista, e exigem o descongelamento da carreira, lembrando que o Estado deve aos Enfermeiros 13 anos, 7 meses e 25 dias nas progressões. Exigem também a revisão das tabelas remuneratórias.

Os sindicatos garantem que os serviços mínimos serão respeitados.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Ansiães)