Conheça o “VineScout”, o robô que promete ajudar viticultores, em Vila Flor

«VineScout» é o nome do robô que os investigadores demonstraram, ontem, na vinha na Quinta de Ataíde, em Vila Flor para medir parâmetros da vinha e que promete uma revolução da monitorização das vinhas. O robô está a fazer leituras e monitoriza as plantas, medindo a quantidade de água que precisam, de forma autónoma, permitindo uma correcta gestão de água. Também tem capacidade para realizar a leitura da temperatura da folha da videira e o vigor da planta.

Fernando Alves, responsável do departamento de investigação da casa Symington, empresa vitivinícola, explica que o robô também faz um mapa para a gestão da fertilização:

“É um robô autónomo, tem um computador adaptado para a interface deste equipamento, que permite fazer a aquisição destes dados e que, no final, nos ajuda a construir um mapa de qualidade das zonas diferenciais da vinha para entregar ao viticultor e assim, este, poder tomar decisões a nível de gestão de fertilização, planeamento e intervenções para melhorar alguns aspetos da vinha.” 

 

O responsável pela investigação esclarece que com este robô é possível ter 3 mil pontos de observação:

“O método tradicional permite-nos monitorizar 20 pontos durante uma madrugada, enquanto que, o projeto em que estamos a participar, nos pode permitir chegar a ter cerca de 3000 pontos de observação. Isto é fantástico, porque nos ajuda a definir melhor zonas de qualidade diferentes dentro de uma vinha.”

 

O VineScout permite gerir recursos e estudar o comportamento da vinha, como as alterações climáticas.

“Isto permite gerir alguns recursos, que são cada vez mais escassos, como a disponibilidade de água na planta, e permite estudar o comportamento da vegetação para preparar e avaliar o comportamento da vinha face a fenómenos atuais, como o ano extretamente quente e seco de 2017, ou uma época húmida, como a primavera deste ano, mas sobretudo, preparar a vinha para tentar mitigar alterações climáticas de curto e médio prazo.” 

 

O projecto está na segunda fase de testes e em 2019 vai ser realizada a última.

O projecto de investigação é um consórcio entre a Symington e duas Universidades espanholas: a Universidade Politécnica de Valencia e a Universidade de La Rioja e duas empresas de interfaces tecnológicas, a Wall-YE Robots & Software (França); e a Sundance Multiprocessor Technologies (Reino Unido) O projecto é financiado pelo Horizonte 2020, com o custo de 2,200 milhões de euros.

 

Foto: Rádio Brigantia 

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)