Um souto em Zeive, no concelho de Bragança, foi vandalizado. Dos cerca de 30 castanheiros, 25 foram destruídas à machadada, na madrugada de sexta para sábado.
As árvores foram golpeadas e têm vindo a cair. Mas mesmo aquelas que foram atingidas e resistem de pé, não se espera que sobrevivam, já que devem secar.
Manuel Afonso, o proprietário do souto, diz-se chocado com o sucedido e conta que o prejuízo é avultado tendo em conta que as árvores estavam a entrar na força da produção:
“É difícil calcular o prejuízo, mas rondará os 50 mil euros. Os castanheiros têm 12 anos, para eu poder voltar a ter castanheiros que produzam o que estes estavam a produzir, vai levar muito tempo. Estes, com mais 12 anos, estariam em força para produzir, e davam no mínimo, dois mil quilos de castanhas por ano. É um prejuízo enorme.”
Na aldeia não há memória de uma situação como esta e o proprietário já apresentou queixa:
“É uma situação inédita. Com 60 anos, nunca me lembro de uma coisa destas. Não suspeito de ninguém, fiz queixa na GNR contra desconhecidos, basicamente.”
A mulher, Ana Afonso, lamenta ver o trabalho dos últimos anos cair por terra e diz-se mesmo preocupada que algo semelhante se repita:
“É lastimável. Nunca pensei. Isto é uma cobardia, quem fez isto devia querer vingar-se, só não sei qual o motivo, porque nós não fazemos mal a ninguém. Agora tememos também pela nossa segurança porque isto é muito grave, e não estávamos habituados a que nesta localidade acontecessem coisas deste género. Mas como se costuma dizer, às vezes só custa a principiar.”
Este caso de castanheiros cortados furtivamente na aldeia do Zeive está agora a ser investigado pela GNR.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)