Foram ontem assinados dois contratos de subconcessão com a IP Património – Administração e Gestão Imobiliária, que visam dar uma nova vida às antigas estações ferroviárias da Linha do Tua de Macedo de Cavaleiros, e do Azibo, em Vale da Porca, no mesmo concelho.
O objetivo é que estas zonas passem a dar apoio a turistas e a ciclistas que utilizem a futura ecopista, e fazer ainda da estação de Macedo a sede do Geopark – Terras de Cavaleiros, como explica Benjamim Rodrigues, autarca Macedense:
“Este protocolo de subconcessão do património público é uma forma de nós podermos candidatar verbas comunitárias para a requalificação do edificado e do trajeto da linha férrea.
Há um investimento possível de fazer em ecopistas e nós, dessa forma, poderemos manter o espaço limpo, requalificando ao mesmo tempo os edifícios que faziam parte das antigas estações. Vamos utilizar estes edificados não só como espaços de descanso, repouso e lazer, mas também como postos de informação.
Na estação de Macedo de Cavaleiros vamos criar um gabinete do geoparque que poderá dar toda a informação sobre o território”
Presente na assinatura dos contratos esteve também Carlos Fernandes, presidente da IP Património e vice-presidente do Conselho de Administração Executivo da Infrestruturas de Portugal, que defende a importância da requalificação das linhas ferroviárias abandonadas:
“É um projeto importante a nível nacional, que consideramos de maior importância ainda a nível local.
Infelizmente temos um conjunto de casos de linhas, com edificado associado, que um pouco por todo o país deixaram de estar em exploração. Foram perdendo a sua utilidade e, durante muitos anos, estiveram ao abandono, sem qualquer utilização.
Temos tido a sorte de realizar um conjnunto de parcerias importantes com os municípios, nas quais estes, seja através de fundos próprios ou comunitários, têm conseguido revitalizar estas zonas.
É o caso aqui em Macedo de Cavaleiros. Trata-se de uma linha que está sem utilização como infraestrutura ferroviária desde o início da década de 90, assim como o património associado (quer sejam armazéns quer os espaços das antigas estações). Com este projeto vamos conseguir dar uma nova vida a estes espaços e preservar este canal de forma a que, se um dia mais tarde for necessário utilizar a infraestrutura, seja para que fim for, estará preservada.”
A intervenção no Azibo está integrada numa candidatura à Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior do Turismo de Portugal, num investimnento na ordem dos 605 mil euros, comparticipados em cerca de 90%. No caso da estação ferroviária de Macedo de Cavaleiros, o projeto está inserido no PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano), e terá um custo de 700 mil euros, com uma comparticipação de cerca de 80% por fundos comunitários.
Benjamim Rodrigues espera que as obras possam arrancar já no próximo ano.
Escrito por ONDA LIVRE