Greve dos professores: 25 escolas do distrito aderiram a 100%

No distrito de Bragança, a maior adesão à greve registou-se nas escolas de primeiro ciclo e pré-escolar com 25 a aderir na totalidade.

Os dados são avançados por Carlos Silvestre, Delegado Regional do distrito do Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades (SEPLEU), uma das 10 organizações sindicais envolvidas nesta paralisação:

“A adesão maior verificou-se a nível dos jardins de infância e primeiro ciclo com 25 escolas encerradas e outras cinco com adesão de cerca de 90%.

Nos restantes ciclos, a média situa-se entre os 60% e os 80%.”

Na origem desta greve nacional de quatro dias está a recuperação integral do tempo de serviço, ou seja, nove anos, quatro meses e dois dias, estatuto de carreira de docente, resolução de questões de aposentação, sobrecarga horária e ainda a precariedade.

Entretanto, foi hoje, último dia da paralisação, aprovado pelo Governo um decreto-lei que define que os professores vão recuperar apenas dois anos, nove meses e 18 dias deste tempo.

Uma decisão que não agrada aos professores e o dirigente sindical garante que não vão desistir da luta:

“Mais uma vez sentimos que o Governo continua a falar para surdos e mudos e não percebe o que se passa.

Nós não vamos abdicar do tempo congelado pois essa foi uma garantia do Governo  numa primeira fase. Posteriormente, entraram nesta rota de colisão connosco, tentando colocar toda a opinião pública contra nós.

Infelizmente, esta é uma luta que vai continuar, o Governo faz o trabalho dele e nós vamos ter de fazer o nosso.”

Em Macedo de Cavaleiros, a adesão à greve verificou-se em várias escolas e jardins de infância do concelho, acrescenta ainda Carlos Silvestre:

“O Jardim de Infância de Vale da Porca encerrou, o Jardim de Infância e EB1 de Chacim teve uma média de 35%, o pólo de Macedo de Cavaleiros registou 57% e a secundária à volta de 30% de adesão à greve.”

Esta greve começou segunda-feira e termina hoje no Porto, estando ainda marcada para amanhã, Dia Internacional do Professor, uma manifestação em Lisboa.

Escrito por ONDA LIVRE