A aplicação do método de irradiação pode ser uma alternativa para aumentar a durabilidade dos alimentos. No caso de Trás-os-Montes, poderia ser uma mais-valia principalmente para aplicação nas castanhas e nos cogumelos selvagens, aumentando a duração para o dobro em relação a alguns métodos utilizados atualmente. Quem o diz é Ângela Fernandes, Investigadora do Centro de Investigação de Montanha do IPB:
“As conclusões a que chegamos foi que se pode utilizar a irradiação com o objetivo de eliminar os microorganismos e assim aumentar o tempo de prateleira e vida útil destes produtos alimentares. É benéfico porque permite aumentar a exportação.
Ao aplicarmos a irradiação verificamos que os microorganismos são eliminados e alguns compostos são extraídos.
Embora em Portugal ainda não hajam instalações que permitam a irradiação de alimentos, esta é uma prática que já acontece em alguns países.”
Apesar de ser um processo que recorre ao uso de radiações, a investigadora garante que não é prejudicial à saúde:
“Esta é uma tecnologia que já acontece há muitos anos e são vários os países que têm instalações aprovadas para aplicar do método de irradiação.
Trata-se de um processo não térmico, em que os alimentos são submetidos a uma dose de energia controlada por um período de tempo pré-definido.
Estas doses são sempre bem definidas e não são prejudiciais para a saúde.”
Aplicação da irradiação como uma tecnologia de conservação de matrizes alimentares foi um dos temas apresentados à margem do pré-congresso “Cuidados d Saúde Primários ao Ritma das Tecnologias da Saúde” que aconteceu em Macedo de Cavaleiros.
Escrito por ONDA LIVRE