A micoterapia foi defendida como uma ajuda no combate ao cancro, este sábado numa palestra no vigésimo encontro Micológico Transmontano, que decorreu em Mogadouro.
Adriana Teixeira, foi uma das palestrantes. A médica, hematologista clínica defende que os cogumelos têm um grande poder na recuperação do sistema imunológico do doente:
“A micoterapia pode ser um apoio para que seja mais fácil passar os problemas que a terapia tradicional ainda tem, como os efeitos secundários.
Esta técnica estimula muito o sistema imunológico, pode ser um trabalho em conjunto, em que o resultado é melhor, do que usando apenas uma das terapêuticas.”
Margarida Rocha é fisioterapeuta, e há cerca de 3 anos teve cancro e procurou a micoterapia como uma forma de ultrapassar lacunas da medicina tradicional:
“A micoterapia veio demonstrar, por resultados científicos, e agora por vivência pessoal, que conseguia ultrapassar essas lacunas. Estou a começar a normalizar de novo a minha vida e a reforçar a vertente de saúde.”
Outro testemunho foi o de Pedro Gui, pai de uma criança que em 2013 foi diagnosticada uma leucemia e que recorreu a extractos de cogumelos para ajudar a diminuir os efeitos secundários da quimioterapia e estimular o sistema imunológicod seu filho. Um exemplo de cogumelo com estas propriedades é o juba de leão:
“Muitos estudos provam que o hericium herinaceus, conhecido como juba de leão, é um fungo que beneficia a parte cognitiva e o sistema nervoso central, ajudando ainda na parte digestiva. Mas claro, cada caso é um caso.”
Existe um milhão de fungos, com 100 mil espécies classificadas e acredita-se que 1000 espécies tenham propriedades medicinais. A medicina tradicional usa já cerca de vinte espécies no combate a determinadas doenças. O vigésimo encontro Micológico Transmontano teve diversas actividades, entre elas, uma saída ao campo, exposição de espécies de cogumelos e uma feira de produtos regionais.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)