IPB é o politécnico do país com maior impacto económico regional

Em termos percentuais, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) é o politécnico nacional que mais contribuiu para o PIB regional, representando 10,5 por cento da riqueza gerada localmente.

Este é o resultado de um estudo do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos. Esta instituição de ensino superior transmontana tem também um grande papel como empregador, como destacou o presidente do IPB, Orlando Rodrigues:

“O estudo faz uma avaliação do impacto económico direto, ou seja, avaliando o consumo que cada aluno faz, através de inquéritos. Os resultados apontam que 10% da riqueza gerada no nosso concelho resulta da atividade direta do IPB.

O emprego criado direta e indiretamente com este consumo do IPB é responsável por 10% do emprego .”

O estudo tem em conta os gastos dos alunos, professores e funcionários, a criação de postos de trabalho e oferta de emprego, a dinamização da economia local e o contributo para a fixação das populações. O relatório avaliou o impacto económico directo, mas o presidente do IPB entende que o indirecto é ainda maior:

“O estudo não avaliou o impacto direto, ou seja, a capacidade que o IPB tem de introduzir inovação na região, formar pessoas, que por essa via também atrai empresas e investimento. Por isso, o impacto será ainda substancialmente maior do que o direto.

Seja como for, estes dados são muito significativos.”

O estudo conclui que o impacto relativo tende a ser mais elevado para os politécnicos situados nos concelhos do interior do país.

“Quando o investimento público é feito no interior, é mais reprodutivo, gera e multiplica muita mais riqueza do que quando é investido no litoral.

Isto contraria também a tendência de que o investimento público nos grandes centros é mais eficaz. Este estudo mostra exatamente o contrário. Gera mais retorno na economia quando investimos um euro público em Bragança do que em Lisboa.
Em termos macroeconómicos, é muito mais compensador fazer investimento público nas regiões do interior do que no litoral.”
Os indicadores revelam ainda que por cada euro investido no politécnico de Bragança o retorno é superior a 3 euros. A actividade económica gerada por cada euro de financiamento público apenas é maior em Leiria e no Cávado e Ave.

O estudo “O impacto dos institutos politécnicos em Portugal” englobou 12 politécnicos nacionais, as excepções são Lisboa, Porto e Coimbra.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)