Indisponibilidade de medicamentos nas farmácias mantém-se em 2019

Bragança foi considerado o pior distrito do país em relação à interrupção de tratamentos por falta de medicamentos, no ano passado, em que mais de metade da população enfrentou a indisponibilidade de fármacos e cerca de 40% recorrem a nova consulta para substituir o medicamento em falta, com revelaram os dados do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde. Porém, este ano o mesmo ainda se verifica, diz Rita Domingues, directora técnica de uma farmácia:

“Há vários meses que isto acontece, em que nós precisamos da medicação que não existe substituto. O utente chega à farmácia e nós temos que lhe pedir para voltar ao hospital ou ao centro de saúde para fazer novamente consulta e aconselhamento por parte do médico, com o intuito de fazer a substituição do medicamento, que não temos possibilidade de o disponibilizar ao utente.”

A directora técnica acrescenta ainda que o facto de se tratar de um distrito do interior torna mais difícil a recepção dos medicamentos.

Ana Silva, também directora técnica de uma farmácia, refere que alguns medicamentos são difíceis de adquirir. Um problema para os doentes, porque não podem substitui-los por genéricos ou por outros fármacos similares:

“De alguns há genéricos mas há médicos que não querem que sejam substituídos. No caso das insulinas houve uma altura em que o utente teve que ir ao médico para substituir por outra, porque similar não havia e não conseguíamos arranjar a que andava a tomar.”

Alguns medicamentos, como “Sinemet” e “Mysoline”, não estão apenas esgotados no distrito de Bragança, mas a nível nacional.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)