Oito estudantes do Instituto Politécnico de Bragança, todos de nacionalidade estrangeira, sofreram uma intoxicação por monóxido de carbono, na madrugada de sábado. Os jovens estavam todos a dormir no mesmo apartamento, em Bragança, quando duas das estudantes se sentiram mal e pediram ajuda pelo 112. Só mais tarde se percebeu que havia mais gente naquele espaço, conforme disse Paulo Ferro, dos bombeiros de Bragança.
“O primeiro alerta veio com referência a duas raparigas com sintomas de náuseas e vómitos, sem conhecermos que havia mais gente dentro da habitação. Foram transportadas para o Hospital de Bragança, onde posteriormente fizeram uma análise sanguínea que revelou a intoxicação.
Fomos alertados pelo médico de urgência sobre a possibilidade de fazermos uma avaliação do apartamento e ai encontramos mais cinco jovens, que estariam a ocupar o mesmo espaço, onde, perante a nossa avaliação, verificamos valores de monóxido de carbono superiores a 100 partes por milhão, o que é muito elevado para a saúde humana.Foram transportados por precaução, alguns apresentando sintomas ligeiros e outros ainda agravados.Entretanto, ficamos a saber que outra colega terá ido a pé, o que totaliza então oito ocupantes naquele espaço.”
Segundo Paulo Ferro, um aquecedor eléctrico de varetas e a falta de renovação de ar no apartamento estarão na origem da intoxicação.
“Uma das fontes que encontramos foi aquecimento elétrico, e suspeitamos que a falta de renovação de ar terá propiciado a acumulação do CO2.
Todos estes estudantes são estrangeiros.O frio repentino que se instalou propiciou a que eles aumentassem o aquecimento dentro de casa.As pessoas têm de acautelar as entrada de ar e a renovação de oxigénio dentro dos espaços para evitar estas situações de intoxicação.”
Ao que se conseguiu apurar, os estudantes terão ainda saído do hospital no sábado, o próprio dia que lá estiveram em observação.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)